Apesar de todas as mazelas sociais e econômicas que a capital fluminense enfrenta, ela continua encantando seus moradores e turistas do mundo inteiro.
Além de sua exuberante beleza natural, o Rio de Janeiro concentra belíssimas obras da arquitetura, como o Museu de Arte Moderna, a Catedral, o Real Gabinete Português de Leitura, o Teatro Municipal, o Parque Lage, o Mosteiro de São Bento, assim como obras mais recentes, como a Cidade das Artes, o já premiado Museu do Amanhã e o Museu de Arte Contemporânea, que na verdade, fica em Niterói, mas tem uma vista linda para o Rio, do outro lado da baía.
Por todo esse conjunto arquitetônico, o Rio conseguiu deixar para trás Paris, na França, e Melbourne, na Austrália, e ser escolhido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como a 1ª Capital Mundial da Arquitetura.
“O Rio é uma referência da arquitetura, sendo a terra de tantos arquitetos e paisagistas mundialmente conhecidos, como Oscar Niemeyer, Roberto Burle Marx, Lucio Costa, que ajudaram a construir a paisagem urbana do Rio”, destaca Nivaldo de Andrade, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).
O título representa que, além de sediar, em 2020, o Congresso Mundial da União Internacional dos Arquitetos (UIA), o município se responsabilizará em promover uma série de eventos relacionados às questões urbanas durante todo o ano em que se realizará o encontro.
“Nosso compromisso é o de transformar o ano de 2020 em um marco na história cultural da cidade. Além da visibilidade internacional, teremos a oportunidade de ampliar a relação de pertencimento dos moradores da nossa cidade com o seu patrimônio histórico e arquitetônico, difundindo e preservando esse acervo”, afirmou o prefeito Marcelo Crivella. “O Rio de Janeiro possui uma arquitetura que reflete a riqueza de culturas que formam a sociedade brasileira, por ter sido porto e capital do Brasil por mais de dois séculos”.
A expectativa é que temas importantes para o desenvolvimento, como planejamento urbano, mobilidade, obras públicas e a transformações dos espaços públicos em locais mais inclusivos não sejam somente “discutidos”, mas virem obras e melhorem a qualidade de vida dos cariocas, tão mal tratados com gestões e mais gestões de governos corruptos.
O Rio de Janeiro abriga dois sítios do Patrimônio Mundial Cultural da Unesco – Rio de Janeiro, paisagens cariocas entre a montanha e o mar e Sítio Arqueológico Cais do Valongo. O primeiro deles foi dado, em 2012, pelo “excepcional cenário urbano que compreende também os elementos naturais fundamentais que moldaram e inspiraram o desenvolvimento da cidade: desde os pontos mais altos das montanhas do Parque Nacional da Tijuca até o mar. Nessa paisagem estão incluídos o Jardim Botânico, fundado em 1808; as Montanhas do Corcovado, com a famosa estátua do Cristo Redentor; além dos morros ao redor da Baía de Guanabara, que incluem as amplas paisagens desenhadas ao longo da Praia de Copacabana – que contribuíram para a cultura de vida ao ar livre dessa espetacular cidade. A cidade do Rio de Janeiro também é reconhecida pela inspiração artística que oferece a musicistas, paisagistas e urbanistas”.
Já o Cais do Valongo foi declarado Patrimônio Mundial no ano passado. Situado na antiga área portuária da cidade, por ali chegaram à América de Sul, quase 1 milhão de escravos, vindos da África, a partir de 1811. Sua descoberta recente traz à tona uma história muito triste, que jamais pode ser esquecida.
Confira abaixo as imagens de algumas das joias arquitetônicas do Rio de Janeiro:
Parque Lage
Teatro Municipal
Arcos da Lapa
A (nova) Catedral
Biblioteca Nacional
Museu do Amanhã
Museu de Arte do Rio de Janeiro
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Fotos: Agustín Diaz on unsplash (abertura), Bruna Prado – MTUR (Arcos da Lapa, Parque Lage, Museu do Amanhã, Museu de Arte, Catedral), Luciola Vilella – MTUR (Biblioteca Nacional), Carlos Ers Jr. – MTUR (Biblioteca Nacional)