Acaba de entrar em operação, no município baiano de Tabocas do Brejo Velho, o Parque Solar Horizonte. Com um investimento de 110 milhões de dólares, o parque possui 330 mil painéis solares e capacidade instalada de 220 GWh por ano, quando estiver funcionando plenamente.
A usina solar é mais um projeto da subsidiária brasileira da Enel Green Power, companhia multinacional de energia renovável, com operações nos cinco continentes.
Em dezembro último, noticiamos aqui também, a inauguração de outro parque da mesma companhia, o maior da América Latina. A usina solar de Nova Olinda, localizada na região do semiárido do Piauí, tem 930 mil painéis solares e potencial para produzir 600 GWh, eletricidade suficiente para atender a demanda de 300 mil casas.
Crescimento dos renováveis
A inauguração do Parque Solar Horizonte acontece no mesmo momento em que foi divulgado o mais recente ranking mundial de capacidade instalada de energia eólica, elaborado pela Global Wind Energy Council (GWEC).
O Brasil subiu uma posição, ficando em 8º lugar, acrescentando à matriz energética 2,022 GW de potência eólica em 2017. Em 2015, o país aparecia na 10ª posição.
China, Estados Unidos e Alemanha são os países que aparecem no topo da lista, seguidos por Índia, Espanha, Reino Unido e França.
“A energia eólica é a tecnologia com preços mais competitivos em muitos mercados pelo mundo, se não for na maioria deles, e o surgimento dos parques híbridos com energia eólica e solar, um gerenciamento de grid mais eficiente e tecnologias de armazenamento cada vez mais acessíveis começam a pintar uma imagem do que será um setor de energia completamente livre de fósseis”, avalia Steve Sawyer, Secretário Geral do GWEC.
Em nosso país, o Nordeste é de longe a região com o maior capacidade eólica instalada. São 135 parques no Rio Grande do Norte, 93 na Bahia e 74 no Ceará.
“Temos hoje uma capacidade instalada que está quase chegando aos 13 GW, com mais de 500 parques eólicos e chegamos a abastecer 11% do país e mais de 60% do Nordeste, na época que chamamos de “safra dos ventos”, que vai mais ou menos de junho a novembro. Nos últimos anos, e especialmente no ano passado, as eólicas salvaram o Nordeste de um racionamento em tempos de reservatórios baixos e com bandeira vermelha”, afirma Élbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica.
“O Brasil tem um dos melhores ventos do mundo do mundo para produção de energia eólica e nosso fator de capacidade, que é a medida de produtividade do setor, passa do dobro da média mundial. Até 2020, considerando apenas os contratos assinados e leilões já realizados, vamos chegar a 18,63 GW. Com novos leilões, esse número ainda vai crescer. Importante lembrar que, hoje, as eólicas são a opção mais competitiva de contratação, conforme resultado do último leilão, realizado em dezembro de 2017”, analisa Elbia.
Números de parques eólicos no Brasil
Rio Grande do Norte – 135
Bahia – 93
Ceará – 74
Rio Grande do Sul – 80
Piauí – 52
Pernambuco – 34
*Com informações da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica)
Foto: divulgação Enel Green Power