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Qual a melhor maneira de separar o lixo reciclável?

lixo reciclável

Na hora de separar seu lixo, o tamanho das embalagens também é algo que precisa ser levado em conta para ajudar no processo futuro da separação de resíduos pelas cooperativas de catadores. Quanto menor, mais compactado e mais pesado o material, mais rentável ele é para a reciclagem (por isso, o isopor não é muito visado, como explicado neste outro post).

A lógica também se aplica ao espaço. Quanto mais materiais couberem num mesmo coletor, mais dinheiro pode render. Assim, é importante amassar latinhas metálicas e garrafas PET, encaixar embalagens plásticas e desdobrar embalagens de papel para otimizar espaço na sacola ou caixa que será coletada.

 

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Caixa é uma ótima opção para acomodar vidro, especialmente, se estiver quebrado. É comum os catadores de materiais recicláveis e os trabalhadores da coleta convencional se cortarem com vidro mal acondicionado. Para evitar esse risco, coloque vidros inteiros ou quebrados em caixas de papelão ou envoltos em jornal e com uma descrição quanto ao conteúdo. A vantagem do vidro sobre outros materiais é que ele pode ser reciclado infinitas vezes e é muito versátil para ser reutilizado em casa.

O metal também não tem limite de reciclagem, mas o plástico e o papel sim. Para que o papel tenha mais chances de ser reciclado, o melhor a fazer é acumular folhas inteiras e lisas até encher uma caixa ou sacola e só então destinar para a coleta. Bolinhas de papel ocupam muito espaço e pedaços pequenos acabam se perdendo, seja no caminho até a cooperativa ou na esteira de triagem. Alguns papéis podem ainda ser compostados, como falei neste post.

Quanto às embalagens de plástico, algumas podem ser reutilizadas em casa, especialmente potes.

Por falar em plástico, a sacola plástica utilizada só uma vez representa 10% do lixo coletado nas cidades que é enviado para aterros sanitários e lixões. Os números assustam e os malefícios também. A cada hora, são distribuídas 1,5 milhão de sacolas plásticas no Brasil, o que dá mais de 1 bilhão por mês! No mundo, o consumo varia entre 500 bilhões e um trilhão de sacolas plásticas por ano.

Sacolas plásticas são produzidas a partir do petróleo, um bem natural não-renovável, e levam mais de 400 anos para se desintegrar, permanecendo na natureza na forma de micropartículas de plástico. Quando descartadas de forma incorreta, as sacolas entopem bueiros e afetam a biodiversidade, levando milhares de animais à morte devido à ingestão do material.

Por isso, o melhor a fazer é recusar as sacolas plásticas no mercado ou qualquer outro estabelecimento. Quando for às compras, leve suas próprias sacolas retornáveis ou utilize caixas de papelão para carregar os produtos. Em casa, os resíduos recicláveis podem ser colocados nas caixas ou mesmo nas próprias embalagens de alimentos, que podem servir de saco. Para conter os resíduos orgânicos, você pode usar sacolas biodegradáveis, que são feitas a partir de matérias-primas renováveis, ou, muito melhor, fazer a compostagem dos orgânicos, como expliquei na minha última matéria.

E os rejeitos do banheiro, onde colocar? Prefira as sacolas biodegradáveis ou uma embalagem de alimento que é dificilmente reciclada, como o BOPP (mais informações neste post). Existe, porém, a opção de nem precisar gerar este resíduo em casa. Muitas pessoas ao redor do mundo estão instalando um chuveirinho ou ducha higiênica ao lado do vaso sanitário ou resgatando o uso do bidê. Assim, cada vez que você vai ao banheiro pode se lavar e depois se secar com um paninho. Você pode ter algumas toalhinhas, colocá-las num cesto como faria com o papel higiênico, deixá-las de molho e lavar uma vez por semana.

Agora, é só colocar estas dicas em prática! Vamos lá?

Leia também:
Reciclagem: lavar ou não lavar, eis a questão?
Recicla ou não recicla? O que fazer com a caixa de pizza suja? 
Todo papel é reciclável?
Resíduos perigosos: o que fazer?
Embalagem de salgadinho… Recicla?!

Fotos: pixabay/domínio público

 

 

Comentários
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Lucas
6 anos atrás

Achei muito interessante! otimas dicas

Lucas Lins
6 anos atrás

Muito bom mesmo!

Arthur Oliveira
4 anos atrás

Belo artigo!

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