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Um convite para o brincar

jardim

Muitos de nós, que nascemos numa geração anterior à digital, temos lembranças maravilhosas dos longos dias passados nos quintais e jardins das casas de nossa infância. Eram horas e horas subindo em árvores, brincando com folhas e pequenos insetos, enfim, descobrindo a natureza.

No post da semana passada, Seu jardim é seguro para os pequenos?, falei sobre como é preciso ficar atento a algumas plantas, que podem ser tóxicas e causar alergias e lesões nas crianças. Hoje vou continuar o tema, mas desta vez comentando sobre a escolha dos melhores equipamentos e materiais para as áreas verdes da sua casa.

Em jardins onde há presença de crianças, os materiais utilizados devem ser resistentes, ou seja, resistir às intempéries do clima – chuva, sol, tempestades -, mas também às brincadeiras infantis. Nunca sabemos o que os pequenos vão aprontar e nem queremos tolher sua liberdade, certo?

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O ideal é ter materiais naturais, que se harmonizem com o meio ambiente. O mais bacana é que casinhas de bonecas, caixas de areia, balanços, gangorras, mesas e bancos sejam fabricados com madeira. Neles, deve-se  evitar o uso de pregos e parafusos afiados e ter acabamento fosco e lixado para que não esquentem demais ao sol.

Bancos devem possuir altura adequada e lixeiras estar a uma distância segura para prevenir  a proximidade de abelhas. Fontes devem ser colocadas em locais seguros, onde não haja o risco de quedas e afogamentos. A escolha de esculturas deve dar preferência àquelas que possam ser tocadas para estimular a exploração infantil. Procure aquelas fabricadas de materiais polidos, sem pontas.

Se você decidir investir numa caixa de areia para os pequenos, não esqueça de ter uma tampa para ela. Desta maneira, evita-se a visitação inconveniente de gatos e cachorros, que podem acabar transmitindo parasitas, como o bicho geográfico e a sarna.

Já a iluminação deve obedecer parâmetros seguros de resistência para evitar quedas de postes ou lâmpadas com eventuais boladas, caso você tenha na família algum fã de futebol, basquete ou qualquer outro esporte que envolve bolas. Outra recomendação para o planejamento da iluminação é a proteção das luminárias à exposição da água da chuva para evitar curto circuitos.

E por fim, uma lembrança: algumas plantas e árvores servem como excelentes nichos (casas) para insetos e aracnídeos, principalmente quando estão em locais mais preservados, com áreas silvestres ao redor.  Árvores  com casca grossa podem abrigar  abelhas, escorpiões, vespas, taturanas, aranhas e marimbondos. Plantas como  a framboesa atraem passarinhos e consequentemente as cobras. O que se tem que fazer é observar e estar atento, à sinais como teias de aranha, folhas enroladas em palmeiras (taturanas), buracos no chão (aranhas) e ninhos. No mais, a dica que já dei na semana passada. Não diga para seu filho “Fique longe. não toque!”. O melhor é sempre uma conversa e a explicação de porquê há um risco naquele local.

Criar uma redoma de vidro ao redor de um jardim é impossível, mas estar ciente de que não estamos sós neste mundo, ja é meio caminho andado na conscientização ambiental. Com paciência, vamos ensinando as crianças que podemos conviver com todos os seres, sabendo identificá-los e avisando os adultos quando forem vistos.

Aprender a reagir diante de um animal desconhecido na frente de crianças é importante para passar a elas confiança e segurança, sobretudo, para certificarmos a ela que temos o controle da situação. Desta maneira, elas aprenderão a fazer o mesmo.

O jardim é sempre uma passagem para o mundo natural, a porta de entrada para a ciência e a arte. Um lugar perfeito para crescer.

Foto: domínio público/pixabay

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