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“1,5o C, o recorde que não devemos quebrar”: campanha pelo clima mobiliza atletas dos Jogos Olímpicos

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Às vésperas dos Jogos Olímpicos – Rio 2016 -, atletas de todo o mundo se unem para alertar a humanidade a respeito das mudanças climáticas. Fazendo alusão a quebra de recordes, muito comum em eventos como este e à união de tantas nações – também importante quando o tema é aquecimento global -, o slogan desta campanha pelo clima, que será lançada amanhã, 29/7, lembra que a temperatura de 1,5oC é o recorde que não devemos quebrar.

campanha-clima-olimpíadas-A campanha se inicia com a veiculação de um filme de 30 segundos – que apresento no final deste post – na TV aberta, em horário nobre. O Observatório do Clima  idealizador da campanha em parceria com Fórum das Nações Vulneráveis, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Instituto Clima e Sociedade (iCS) e Gip (Gestão de Interesse Público) – também convida todos os brasileiros a participar da mobilização. Como? Tirando uma foto (pode ser self) com o logotipo da campanha (ao lado e que está disponível no site da organização) na mão e publicando-a nas redes sociais (que tal trocar sua foto do perfil?) com a hashtag #105C. Aliás, todas as peças da campanha estão disponíveis online, em inglês e português, para incentivar o engajamento.

O convite ainda  propõe que cada um envie uma mensagem aos governantes, às empresas e a qualquer pessoa que conhecer pelo mundo, alertando para a urgência de trabalharmos juntos para manter o aquecimento num grau mínimo que possa garantir a prosperidade de todos.

Já é fato que ondas de calor, alterações nos padrões das chuvas, secas e inundações têm prejudicado a performance de atletas profissionais (incluindo os de alta performance, claro!), de amadores, espectadores, organizadores e voluntários, que já percebem e sentem os impactos das mudanças climáticas. Além disso, terrenos e instalações esportivas em todo o mundo sofrem com os impactos do aquecimento global. Não dá mais pra negar ou fazer de conta que isso não existe.

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Assim, com base em sua própria experiência, os atletas têm grande legitimidade para fazer este alerta durante a Rio 2016, que será vista e assistida por pessoas de todas as partes do planeta. Diversos participantes da Olimpíada vão aderir à campanha ao longo da realização dos jogos no Rio.

As mudanças climáticas no mundo

“Mesmo o aquecimento atual em torno de 1C já causa mortes, doenças e prejuízos no mundo inteiro, em especial nos países em desenvolvimento, que menos podem se adaptar”, destaca Ana Toni, diretora do Instituto de Clima e Sociedade (iCS). Ela diz, ainda, que, entre 2002 e 2012, somente no Brasil, os prejuízos por desastres naturais foram de R$ 278 bilhões em média.

Cidades costeiras como o Rio de Janeiro estão entre os lugares mais atingidos no mundo pelas consequências das mudanças climáticas. Diversos são os países nessas condições como as ilhas de Kiribati, Maldivas e Tuvalu, além de regiões como o Delta de Mekong, a Flórida e o sul de Bangladesh.

“Os dez últimos recordes de temperatura ocorreram neste século. O ano passado foi o mais quente desde o início dos registros e tudo indica que, em 2016, teremos um novo recorde. Se continuarmos nesse ritmo, enfrentaremos problemas cada vez mais graves de abastecimento de água e produção de alimentos, além da maior disseminação de doenças provocadas por mosquitos, como a zika”, explica Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima.

Imagens: Divulgação/Observatório do Clima

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