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Todo dia é Dia das Árvores

pé de jabuticaba

Elas estavam aqui antes de nós e vão continuar aqui depois de todos nós.

Oferecem tanto, tanto… e nós? O que oferecemos para elas?

Ao longo da minha vida, desde quando era bem pequenininha, lembro de estar perto das árvores. Jabuticabeira, amoreira, abacateiro. Pessegueiro, pinheiro, mangueira e paineira. Goiabeira, bananeira, palmeira. Quaresmeira, araucária, embaúba, manacá. Eritrina, ipê-verde, jatobá. Sapucaia, samaúma, angelim, copaíba, pau-brasil. Jacarandá, jequitibá, cedro-rosa e chichá. Urucum, jenipapo, ipê-branco, pau-mulato. Canafístula, sibipiruna, chuva-de-ouro. Tamarindo, seriguela, cambuci e cambucá. Grumixama, uvaia, cabeludinha e candeia. Palmeira juçara, buriti, pupunha e jerivá. Pau-formiga, laranjeira, guanandi, oliveira. Ipê-roxo, amarelo, branco e rosa. Figueiras e alfarrobeiras. Guapuruvu, carvalho, angico e seringueira. São tantas e tão únicas.

Ao digitar aqui cada um destes nomes comuns pelos quais muitos de nós as conhecemos, imagens se formaram em minha memória. Pude rever cada uma delas, diversas e únicas, mesmo quando da mesma espécie. Lembro como cada uma, em locais e momentos diferentes, marcaram a minha vida quando as encontrei.

Com tanto amor que sinto pelas árvores, minha memória e o dia-a-dia permitem viver a preciosidade dos encontros do passado, a alegria dos encontros presentes, os aprendizados e descobertas que obtive, e todos os ganhos de estar perto de cada uma delas.

Grandes mestras. As sinto e as vejo com mães e pais, antigas e respeitosas senhoras; irmãs, irmãos; jovens mocinhas; bebês vibrantes que anseiam o germinar.

Serenidade, nelas encontrei. Plenitude também. Respostas para recuperar a saúde física e emocional, através de insights ou sonhos. Muitas vezes me abri e busquei apoio ou ajuda sentada junto às raízes, encostada junto ao tronco ou reclinada sobre seus galhos. Admirando a presença delas através do olhar e dos sentidos. Recebi ricas ferramentas e informações que precisava e com as quais podia lidar. Como uma grande benção, sinto que elas me conhecem mais do que posso vir a conhecê-las.

Para escrever essa singela homenagem, no dia que escolhemos dizer que é delas – afinal hoje é 21 de setembro, Dia da Árvore, li e reli inúmeros cadernos meus de viagens, diários, blocos de anotação e cadernos de desenhos onde nos últimos 10 anos da minha vida tenho realizado e permitido esse aprendizado constante junto a elas. Reencontrei folhas e flores que coletei sob suas copas. Reencontrei poemas e artes que sintonizavam cada emoção.

Dentre tantos e tantos encontros com as árvores, deixo aqui registrado e compartilho com vocês algumas inspirações e aprendizados. Um grande viva para todas as árvores, elas merecem nosso puro amor, cuidado, respeito e carinho!

“A árvore é,
olhar e reconectar.
Redescobrir o espelho da plenitude que somos”.

“Quando minha semente foi formada
Depois de uma linda e colorida floração
Fiquei quietinha, apertada e protegida
Dentro do fruto que crescia, crescia…
Suculento e cheio de polpa, até amadurecer
Abrindo-se para liberar suas sementes, minhas irmãs
Que já estão prontas para nascer.
Não sei como serei
Não sei como será
Mas temos a coragem para ser
A mudança desde já”

“Deitei-me ao galho recaído,
Que deseja tocar a terra
Seu corpo acolhe toda vida em harmonia
Em sua expressão encontro a minha
Cresce com força, sem perder a delicadeza”.

Foto: Juliana Gatti

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ELIETE.
ELIETE.
8 anos atrás

Nossa juliana, que lindo texto!! tocou no mais profundo da minha alma.. sabe que ontem fui passear com minhas filhas e sobrinhas no parque do Guarapiranga e minha filha de 06 anos veio correndo me chamar, pois ela tinha encontrado um lugar mágico segundo ela, e era mesmo… era um viveiro de plantas com mudas de árvores desses tipos todos que você mencionou no texto.. apesar de amá-las ainda não sabia esses nomes todos, fui lendo cada nome pra elas e fiquei muito feliz pelo interesse dela.

Parabéns, muito inspirador seu lindo texto.

Um abraço

ELIETE.
ELIETE.
8 anos atrás

Imagine Juliana, é um prazer e uma felicidade encontrar pessoas como você que semeiam o amor pela natureza.
Minha lembrança mais doce da escola que eu estudava quando criança, era um linda árvore que me dava tchau pela janela da sala, quando a sala tava toda quietinha fazendo lição, eu levantava a cabeça e olhava pela janela e via ela lá balançando seus galhos… me dava uma sensação tão boa, era paz!

Bjus

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