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Vinícius Jr. é convidado para liderar novo comitê da Fifa de combate ao racismo

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou hoje, 15/6, em entrevista à agência Reuters, que o jogador brasileiro Vinicius Jr. vai liderar nova comissão antirracista da organização, na qual jogadores poderão sugerir punições severas para atos de discriminação no futebol

Ele contou que se reuniu com Vinícius e jogadores da seleção brasileira na Espanha – onde a seleção treina para os amistosos contra Guiné e Senegal – para debater a criação dessa comissão. Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) também esteve presente ao encontro.

“Pedi a Vinícius que lidere esse grupo que deverá apresentar sugestões de punições mais rigorosas contra o racismo, que mais tarde serão implementadas por todas as autoridades do futebol em todo o mundo”, declarou. “Não haverá mais futebol com racismo. Os jogos deverão ser interrompidos imediatamente quando algo assim ocorrer. Basta!”.

Vini Jr. ainda não se pronunciou sobre a criação do comitê – que não tem data oficial para ser lançado -, nem sobre o convite de Infantino.

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O caso e o apoio do governo brasileiro

O que poderia ser apenas mais um episódio de insultos racistas contra o jogador brasileiro Vinicius Jr. – dos quais é alvo constante na Espanha – ganhou grande e rápida repercussão.

Em 21 de maio, na partida entre Real Madrid e Valencia, no estádio Mestalla, Vini foi chamado de macaco pela torcida adversária e reagiu. Houve confusão dentro de campo, que culminou com a expulsão do jogador devido à agressão involuntária de um adversário. Mas a medida punitiva foi revista e anulada. 

A Federação Espanhola de Futebol e o Comitê Técnico de Árbitros demitiram o árbitro Iglesias Villanueva, que estava no controle do VAR na partida, e outros cinco, da mesma equipe, foram afastados da temporada seguinte de jogos.

O ataque à Vini Jr. também levou à uma reação imediata do governo brasileiro – leia-se presidente Lula e ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco – que cobrou medidas das autoridades espanholas.

Em coletiva de imprensa, no dia seguinte, a ministra contou que os dois países estavam em contato, que o Itamaraty está articulando reuniões, o governo já acionou o Ministério Público da Espanha para investigar o caso de racismo contra o jogador, que ela ligou para a vice-presidente da Espanha, entrou em contato com a família de Vini, e que o ministério mobilizou seu empresário, o embaixador do Brasil e o ministério da igualdade naquele país. 

Destacou também que os dois países haviam assinado acordo recente, que contempla, entre outras medidas, acompanhamento psicológico, jurídico etc, detalhes que ainda estavam em processo de alinhamento. 

Em 30 de maio, no II Fórum Permanente de Pessoas Afrodescendentes da Organização das Nações Unidas (ONU), realizado em Nova York, Lula e Anielle comentaram o caso, rechaçando o racismo, e a ministra pediu solidariedade ao jogador. Seu discurso foi um momento histórico.

Sua vida, nas telas

Há dois dias, em seu Instagram, Vini Jr. anunciou a realização de documentário sobre sua trajetória em parceria com a Netflix, com estreia prevista em 2025. E compartilhou um momento descontraído das gravações, veja: 

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