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Vale quer explorar a Serra do Gandarela, em Minas Gerais, com megaprojeto de mineração. Assine a petição!

Parece que a mineradora Vale não se importa de aparecer no noticiário com frequência devido aos impactos de seus projetos de mineração. Recentemente anunciou mais uma ameaça de destruição, desta vez na Serra do Gandarela. Trata-se do Projeto Apolo, que, na verdade, é um antigo projeto repaginado, sobre o qual falo mais adiante. Agora, vamos à Serra! 

Ela representa uma das maiores riquezas ambientais de Minas Gerais e do país (especialmente hídricas) e é a última área intocada pela mineração no Quadrilátero Aquífero-Ferrífero em Minas Gerais — maior polo de produção de minério de ferro do país. 

Formada por um conjunto de montanhas – a Cordilheira do Espinhaço -,integrando o conjunto da Reserva da Biosfera do Espinhaço, está localizada a cerca de 40 km de Belo Horizonte e circunda oito municípios da região metropolitana (Caeté, Santa Bárbara, Raposos, Rio Acima, Mariana, Ouro Preto, Itabirito e Nova Lima), onde vivem quase 5 milhões de pessoas.

Sozinha, a Serra do Garandela fornece cerca de 40% de toda a água consumida na capital, que vem de mais de mil nascentes, abraçadas por vegetação exuberante, que serve de abrigo a diversas espécies de mamíferos, aves e anfíbios. 

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Mas, em meio à crise climática, à catástrofe do Rio Grande do Sul e ao crescente risco de escassez de água – sem falar no colapso de rejeitos, pilhas e barragens –, a Vale só enxerga a serra como mais uma montanha de lucro a ser explorada. Quer transformar toda essa riqueza natural em um grande buraco!  

“Novo conceito”

Ao longo dos últimos 300 anos, a serra e os moradores do entorno vêm resistindo bravamente à ação das mineradoras. Mas a área com mais singularidades e de maior relevância hídrica – importante para as bacias dos rios das Velhas (São Francisco) e Piracicaba (Doce) e para a produção de água para Belo Horizonte e sua região metropolitana -, não está protegida como Unidade de Conservação federal, não faz parte do Parque Nacional criado em 2014 devido à pressão (e ao lobby?) da Vale e aliados da mineração

Agora, a mineradora quer instalar, na região que “reservou”, seu Projeto Apolo, que – de acordo com sua divulgação – tem ‘novo conceito’. E o que significa isso? 

Segundo a empresa, significa que o novo projeto é seguro porque não tem barragem de rejeitos. Também anuncia que não vai usar água no beneficiamento de minério. No entanto, de acordo com o movimento Salve a Serra do Gandarela, na verdade, ela omite que vai destruir o último aquífero intacto do quadrilátero.

E a dimensão do projeto? Ele prevê uma mina com cava de 7 km, rebaixamento do lençol freático (200 metros de profundidade), ramal ferroviário (9 km), duas pilhas gigantescas de estéril e sedimentos (total de 230 milhões de m3, altura de 250 m e 294 m e área de 53 e 215 hectares), além de usina de beneficiamento e demais estruturas. É mega!

Abaixo-assinado online

Essa obra gigante e a exploração do minério certamente vão destruir a maior parte da serra, suas matas, dezenas de cavidades e impactar cachoeiras, nascentes e o Parque Nacional da Serra do Gandarela. 

Os impactos previstos por especialistas ao meio ambiente, à população e ao potencial turístico e regional da região são incalculáveis. 

Por isso, ativistas e moradores que vivem no entorno da área visada pela Vale e em BH lançaram a campanha SIM À SERRA DO GANDARELA E AO PARQUE NACIONAL para proteger a natureza, a biodiversidade, a segurança hídrica e tentar garantir que agora e no futuro “gerações possam desfrutar de uma vida digna”. 

Faz parte da campanha um manifesto que alerta a sociedade sobre os riscos que essa área está correndo, pode ser assinado online e está na quinta meta de assinaturas. Participe e compartilhe! 

O que acontecer em Minas Gerais, se refletirá em outras partes do Brasil e ainda afetará o clima, impactando no mundo.

E acompanhe o movimento SALVE A SERRA DO GANDARELA nas redes sociais: FacebookX e Instagram. E, ao compartilhar conteúdos, use as hashtags: #SalveOGandarela #MineraçãoAquiNão #RightsOfNature.
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Foto (destaque): Felipe Pereira/Flickr

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Marcos
Marcos
3 meses atrás

Vcs estão alertados, continuem votando em políticos defensores de mineradoras e vão ver aonde vamos chegar com essa destruição

Maria Iracilda de Oliveira
Maria Iracilda de Oliveira
3 meses atrás

Absurdo o lucro pra vocês justifica tudo. Não percebem que estão destruindo o planeta!? Que os seus lucros não vão preservar suas próprias vidas?!

Altair Aparecido Ribeiro
Altair Aparecido Ribeiro
3 meses atrás

A exploração desenfreada de minério nesse local pode causar danos irreparáveis ​​à fauna, flora e aos mananciais de água. Além disso, a presença de grandes mineradoras pode impactar negativamente a qualidade de vida das pessoas que vivem nas proximidades, gerando problemas como poluição do ar e da água, deslocamento forçado de comunidades tradicionais e aumento da violência.

É fundamental que a sociedade se mobilize contra esse megaprojeto de mineração na Serra do Gandarela e exija alternativas sustentáveis para o desenvolvimento econômico da região. A preservação do meio ambiente e o respeito aos direitos das comunidades locais devem ser prioridades em qualquer projeto que afete diretamente a vida das pessoas e a saúde do planeta. Juntos, podemos lutar por um futuro mais justo e equilibrado para todos.

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