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Uma expedição a bordo de um veleiro pela costa amazônica contra a exploração de petróleo

Por Lu Sodré*

Expedição Costa Amazônica Viva chegou ao fim após quase um mês navegando pelas águas do norte do Brasil com o veleiro Witness. Vim te trazer mais detalhes de tudo que rolou – spoiler: foi uma baita aventura! 

A região da Bacia da Foz do Amazonas está na mira da indústria do petróleo. Nesse cenário, a primeira parte da expedição, apoiamos a produção de conhecimento científico sobre as correntes marinhas da região – isso é importante para que se tenha mais dados relacionados ao caminho que um eventual derramamento de óleo poderia seguir.

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Lançamos derivadores – boias com GPS – em diferentes pontos da Bacia da Foz do Amazonas e já temos algumas informações iniciais sobre os deslocamentos, que você pode conferir aqui. Os pesquisadores do IEPA (Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá), nossos parceiros nessa jornada e responsáveis pela pesquisa, estão analisando todas as informações geradas pelos equipamentos.

Os derivadores foram lançados em sete pontos da Bacia da Foz do Amazonas
e receberam o nome de sete espécies da região
Foto: Enrico Marone/Greenpeace

Além do tempo de preparação e de infinitos detalhes para uma expedição como essa, durante as últimas semanas também tivemos que lidar com as águas da região, que são bem agitadas.

Enfrentamos grandes ondas, fizemos lançamentos noturnos e, já que o veleiro balança pra caramba, não teve como escapar de alguns episódios de enjoo. Maaaas, como dizem, mar calmo não faz bom marinheiro, né? 

Ainda bem que estávamos acompanhados de uma tripulação incrível e competente, que somou na mobilização em defesa da preservação da Bacia da Foz do Amazonas.

Parte da tripulação que participou da Expedição Costa Amazônica Viva
Foto: Marizilda Cruppe/Greenpeace

O uso de água doce era restrito por conta da capacidade de armazenamento do veleiro. Imagina lidar com essa limitação embaixo do solzão que só o norte do Brasil tem? Tomamos banhos com balde após pegar água dos rios e do oceano em alguns momentos. 

Depois, uma chuveirada rápida (bem rápida mesmo), para tirar a água salobra do corpo. Mas todas essas adaptações são compensadas diante do privilégio de estar na Amazônia, ver aquela biodiversidade exuberante de perto e inspirar ainda mais nosso ativismo.

O encontro do rio Amazonas com o Oceano Atlântico foi um dos
cenários mais bonitos da expedição Costa Amazônica Viva
Foto: Fernanda Ligabue/Greenpeace

Depois da parte científica, visitamos comunidades na costa amazônica para ouvir o que eles pensam e sentem sobre o avanço da exploração de petróleo na região. 

As vozes dos povos da Amazônia que são impactados direta ou indiretamente por esses empreendimentos precisam ser ouvidas. Te convido a assista o primeiro vídeo que produzimos para entender mais sobre isso (no final deste post).

Ainda teve a cereja do bolo: por coincidência do destino, os presidentes Lula e Macron também estiveram em Belém, na Ilha do Combu, em uma agenda para discutir a COP30. A Conferência acontece na capital paraense ano que vem. E, obviamente não perdemos a oportunidade e mandamos um recado para os dois: Petróleo na Amazônia Não!

Foto: Enrico Marone

Estamos nos mobilizando para pressionar Lula a declarar a Amazônia uma zona livre de petróleo desde outubro do ano passado. Já somos mais de 70 mil pessoas. Posso contar com você para fortalecer esse movimento, assinando o abaixo-assinado? (clique aqui).

A Expedição Costa Amazônica Viva uniu ciência, biodiversidade e ativismo. Espero que você tenha conseguido sentir de forma mais próxima como foi essa experiência única e siga nos apoiando ainda mais. Sem a ajuda de pessoas como você, nosso trabalho não seria possível.

A seguir, assista ao vídeo produzido pelo Greenpeace Brasil:

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Foto (destaque): Enrico Marone/Greenpeace

* Este texto foi publicado no site do Greenpeace Brasil em 5/4/2024

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