No passado, muitos países decidiram investir em rodovias e deixaram para trás as ferrovias. Hoje sabe-se que os trens são um meio de transporte eficiente, e ainda mais, se movidos com fontes limpas de energia, sustentáveis.
É o caso do projeto Tren de La Quebrada, que pretende ligar Argentina, Bolívia e Peru através de trens que funcionam com energia solar.
O vagão, com capacidade para 240 passageiros, tem uma série de painéis solares no teto. A energia produzida por eles é suficiente para fazê-lo atingir até 30 km por hora e ainda pode ser armazenada.
Para fazer a modificação em trens antigos, são instalados motores de tração elétrica e inversores de tração, além de baterias de íons de lítio.
A construção para o primeiro trecho da ferrovia latinoamericana, de pouco mais de 20 km, foi iniciada no começo do ano e conectará Volcán, Purmamarca e Maimará, todas cidades na província argentina de Jujuy.
A próxima fase do projeto, que deverá começar no segundo semestre, ligará a ferrovia com a cidade de La Quiaca, divisa da Argentina com a Bolívia. De lá, o passageiro poderá embarcar na linha ferroviária boliviana para ir até Cusco, no Peru.
O objetivo final é que o trem turístico chegue até Machu Picchu, onde serão utilizadas as trilhas do Caminho Inca. O trajeto total deverá ser de mais de 1,5 mil km. A estimativa é que a obra completa termine em 2022.
O projeto conta com a ajuda de especialistas que trabalharam na implantação do Byron Bay Train, na Austrália, o primeiro do mundo a funcionar com energia produzida pelo sol.
Todos os equipamentos no trem solar são alimentados pelas baterias de íons de lítio, incluindo compressores de ar e circuitos de controle. Para reduzir o consumo elétrico, toda a iluminação foi substituída por lâmpadas LEDs.
Transporte público e sustentável
O investimento no transporte público, movido com energias produzidas a partir de fontes renováveis, é uma tendêndia mundial. Pelo menos naqueles países onde os governos sabem que é preciso reduzir as emissões de gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.
Em setembro do ano passado, o primeiro trem do mundo a hidrogênio começou a operar na Alemanha. E na Holanda, todos os trens já são movidos a energia eólica.
Será que algum dia veremos algo parecido no Brasil?
Algo um pouco semelhante é um projeto em desenvolvimento na capital paranaense, Curitiba, onde será feito um teste com um ônibus, movido a biometano, produzido a partir do lixo orgânico.
*Com informações do jornal El Tribuno e do Byron Bay Train
Fotos: divulgação Byron Bay Train e Portal de Turismo do Peru
esta matéria não explica, mistifica, a energia captada pelos painéis solares no teto dos vagões deste filme (03 vagões), pesando pelo menos umas 50 toneladas cada, com certeza ajuda, complementa, mas não é capaz de mover a composição de 150 Ton, que necessitaria de 750 kW ou mais para atingir 60 km/h, e aquilo que esta ali no teto não geraria nem 30 kW/h, energia que seria suficiente para iluminação e ar condicionado com o trem parado, mas nunca ira mover 150 toneladas, acelerar até 60 km/h e manter…
Lauro,
Trens usando a mesma tecnologia já estão em operação na Austrália, como cito na matéria – http://byronbaytrain.com.au/
Abraço,
Suzana
Lauro tem razão, os trens, inclusive os da Austrália, são apenas elétricos com muitas, mas muitas baterias q sao carregadas qd conectadas na rede pública energizada por … usinas a carvão, como na Austrália. As placas destes trens são apenas alegoria. Mal dão conta da iluminação interna. É como um carro movido exclusivamente à placa solar. Nao funciona. Sorry.
Só uma correção. Não é La Quanca , mas sim La Quiaca, a cidade da fronteira Argentina/Bolívia
Oi Fátima,
Obrigada pela mensagem!
Você tem toda razão. Erro de digitação! Nome já está alterado.
Abraço,
Suzana
Com tanta gente entendida, aí eu pergunto: será que a Cristina Elisabet Fernández de Kirchner volta ao poder da Argentina para cancelar esse projeto, que estão assegurando que não funcionará?
Notícias como estas é que reforçam a minha fé no curso da humanidade!
Tem uma figura aí junto que mostra painéis solares planos que parecem estar externos ao trem, de maneira que o trem pode sim usar energia 100% solar, mas o restante dos painéis para suprir toda a demanda necessária podem ficar nas estações por exemplo. Mas já as baterias teriam que ter toda a energia armazenada para o deslocamento pretendido.
240km???? Não seriam 2.400km?
De Purmamarca a Machu Pichu em 240 km é sonho…
Oi Celso,
Obrigada pela mensagem e alerta. Você tem toda razão. A informação estava incorreta e já foi corrigida.
Abraço,
Suzana