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“Se julguei você pelo que pensa sobre a Amazônia, me perdoe”

Amazônia
Faz quase um ano que voltei da Schumacher College, na Inglaterra, onde fui estudar mestrado em Ciências Holísticas. Voltar ao Brasil não foi fácil, ainda mais quando comecei a espalhar aos quatro ventos que nós, brasileiros, temos muito a aprender sobre nós mesmos se dermos uma chance à Amazônia.

Como já disse a jornalista Eliane Brum, para muitos de nós a floresta não passa de uma abstração. Antes, eu julgava as pessoas porque concordo 200% com a Eliane e isso é mesmo verdade. Porém, hoje, compreendo que este fato não pode me levar a julgamento algum.

Por isso, por favor, me perdoe!

Provavelmente eu julguei você ou alguém que você conhece, em algum momento (ou vários), por causa desse fato. Hoje, entendo que, se a floresta é ou foi uma abstração, não é culpa sua. Você foi ensinad@ a não pensar nela. Não te deram a chance de amá-la, de conhecê-la.

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A educação que recebemos sobre a Amazônia é deficitária, superficial, preconceituosa. As mídias sociais, jornalísticas e até o trabalho de muitas ONGs só estimulam visões negativas sobre a região amazônica. Então, é óbvio que você vai preferir conhecer o deserto do Atacama, no Chile, ou então ir para a Flórida, nos Estados Unidos, em vez de ir para a Amazônia. Eu te entendo.

Há alguns anos, venho trabalhando profundamente a empatia e me colocado no lugar de pessoas que vêem e sentem a Amazônia com bastante abstração. Hoje, minha vontade é de dar um abraço nessas pessoas, olhar nos olhos delas e convidá-las a se abrir para aprender e sentir além do que lhes foi imposto pela sociedade e pelo nosso sistema de ensino.

(Essas reflexões serão compartilhadas mais a fundo na palestra que darei em 7 de maio no Festival Path, em São Paulo)

A floresta é uma das mais incríveis manifestações da abundância, da pureza e da força da natureza (a foto – acima e ao lado – mostra isso). Sinto uma responsabilidade enorme ao compartilhar com você o que aprendo, vivo e sinto porque algo dentro de mim diz que tenho que ser firme e certeira para conseguir passar pelo menos perto do seu coração.

Então, obrigada por ler este blog, acreditar em mim, aceitar meu convite e vir comigo. Vou compartilhar com você o que sei, para que você possa crescer, se expandir e se conectar consigo mesmo por meio da natureza e do que a Amazônia tem para te oferecer.

Agora, para honrar o que falei na semana passada… sugeri que você respondesse a três perguntas, lembra?
– o que te causa incômodo, entre as notícias que você acompanha e fatos que você presencia, em seu dia a dia?
– quais são esses incômodos? Quais são as emoções que você identifica?
– com quem você poderia falar abertamente sobre isso, em tom de “abrir o coração” (que é bem diferente de reclamação)

… faço mais uma pergunta: quais são os talentos que você mais admira em si mesmo?

Esta resposta pode te surpreender porque você vai ver e constatar que é um ser humano muito mais incrível do que imaginava. Semana que vem, esclareço porquê tenho te convidado a responder tantas perguntas. E agora…

Sinto muito. Gratidão. Me perdoe. Eu te amo.

Foto: Arquivo pessoal

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adriana backes
8 anos atrás

Muito bom seus textos. Tem levado a reflexão tanto sobre as questões da Amazônia, como as minhas questões de convidar as crianças a amarem o Parque que faz parte da cidade delas, que faz parte delas. Busco essa conexão e tenho refletido muito sobre isso. .

karinamiotto
8 anos atrás

Que bacana, Adriana…suas palavras me motivam a continuar colocando minha mente e coração nesses textos. Sigamos em nossos trabalhos para aproximar as pessoas da nossa linda Pachamama! Um forte abraço,
Karina

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