
Ele mais parece uma criatura de filmes de terror de ficção científica. Mas o peixe-futebol-do-Pacífico (Himantoliphus sagamius) é um daqueles seres que vivem nas profundezas dos oceanos, na completa escuridão, e são pouquíssimo conhecidos e estudados pela ciência. Essa espécie de tamboril, em específico, descrita há mais de um século, só foi avistada até hoje algumas dezenas de vezes no mundo todo, por isso a surpresa quando um deles apareceu sem vida numa praia do Oregon, na costa oeste dos Estados Unidos.
O que se sabe sobre o peixe-futebol-do-Pacífico é que ele vive entre 600 e 1 mil metros abaixo da superfície do mar. Ele usa a bioluminescência – uma luz que brilha em sua testa – para atrair as presas.
“Apenas as fêmeas caçam ativamente, pois os machos são, na verdade, mais parecidos com parasitas”, explica a equipe do Seaside Aquarium, que recolheu o espécime encontrado morto no Oregon para ser estudado.
Segundo os biólogos do aquário, os machos são dez vezes menores que as fêmeas e acabam se fundindo com elas. Nesse processo, perdem os olhos e os órgãos internos, obtendo todos os nutrientes das parceiras.
Em troca, eles fornecem às fêmeas uma fonte constante de esperma. Contudo, ainda não se sabe como os machos encontram as fêmeas na escuridão total”, dizem os pesquisadores.
Há mais de 300 espécies de tamboril no fundo dos oceanos. Eles são facilmente identificados por sua aparência “monstruosa”, em geral grandes bocas com dentes afiados e a isca luminosa para atrair presas. Entretanto, apenas as fêmeas possuem a capacidade de se tornarem bioluminescentes.
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Foto de abertura: Seaside Aquarium
Se vive nas profundezas o que fez ele parar ali?! Isso que me intriga.