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Paulo Artaxo, Álvaro Avezum, Ado Jorio e Adriano Nunes-Nesi estão entre os 3.126 mais brilhantes cientistas em todo o mundo, de acordo com o relatório The World’s Most Influential Scientific Minds 2015 (As Mentes Científicas mais Influentes do Mundo, em português) publicado pela Thomson Reuters, provedora mundial de soluções e informações inteligentes para empresas.
Os mais brilhantes e influentes, entre os cerca de 9 milhões de pesquisadores contabilizados, correspondem aos cientistas cujos artigos foram os mais citados ao longo de 11 anos: entre 2003 e 2013.
Veja quem são os brasileiros:
Paulo Artaxo trabalha no Departamento de Física da Universidade de São Paulo, na área de Geociências. Em novembro do ano passado, a convite da Fundação Rockefeller, participou de reunião com cientistas de 17 países, no Lago Como, na Itália, para debater sobre governança e geoengenharia climática. Foi o único brasileiro do grupo (leia a entrevista que ele concedeu ao blog Clima 21, do Estadão Online, antes da COP21).
Álvaro Avezum é médico cardiologista e trabalha há 30 anos no Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese (Medicina Clínica), em São Paulo. Participou de um grande estudo internacional – Interheart – que mapeou, em 52 países, os fatores de risco de infarto.
Ado Jorio, professor do Departamento de Física da Universidade Federal de MG e membro dos programas de pós-graduação em Física, Engenharia Elétrica e Medicina Molecular. É doutor em Medicina Molecular pela mesma instituição e pós-doc pelo MIT. Em 2012, foi premiado pelo Centro Internacional de Física Teórica (ICTP Prize) e, em 2013, tornou-se membro da Academia Brasileira de Ciências.
Adriano Nunes-Nesi é professor da Universidade de Viçosa na área de Ciências das Plantas e dos Animais, desde 2010. É formado em Agronomia pela Universidade do Estado de Santa Catarina, mestre em Fruticultura de Clima Temperado pela Universidade Federal de Pelotas e doutor em Ciências Agrárias – Fisiologia Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa. Parte do doutorado e o pós-doutorado foram feitos no Instituto Max-Planck de Fisiologia Molecular de Plantas, em Potsdam-Golm, Alemanha.
O relatório é atualizado todos os anos e Artaxo, Avezum e Jorio participaram da edição anterior do relatório.
De acordo com a metodologia adotada pela Thomson Reuters, os 3.126 cientistas são responsáveis por 1% dos artigos mais citados em 21 áreas de pesquisa. Paulo Artaxo, por exemplo, está entre os 148 mais citados em Geociências; Ado Jorio, por sua vez, está entre os 119 de Física.
O estudo também identificou os cientistas mais populares – responsáveis por 0,1% dos papers mais citados. Com 19 nomes, a lista é encabeçada, pelo segundo ano consecutivo, por Stacey B. Gabriel, do Broad Institute of MIT e de Harvard, com 25 artigos muito populares e que incluem suas contribuições ao projeto Atlas do Genoma do Câncer. A área de genômica, com 198 cientistas no “pelotão de elite”, tem sete representantes nessa seleta lista, sendo seis do Broad Institute of MIT e de Harvard.
Quase a metade dos pesquisadores está vinculada a instituições sediadas nos Estados Unidos. Os demais se distribuem entre instituições do Reino Unido, Alemanha, China, Austrália, Canadá, Holanda, Japão, França, Suíça, Arábia Saudita, Brasil e Espanha.
Entre as 21 áreas de pesquisa classificadas, as maiores – por serem mais prolíficas – são as de Ciências da Vida: Medicina Clínica, Biologia e Bioquímica e Biologia Molecular e Genética. As de Ciências da Computação – Matemática, Economia e Negócios – reúnem número menor de pesquisadores que produzem, proporcionalmente, menos artigos.
O relatório se baseia em dados e análises realizadas pelos especialistas em bibliometria de negócios da unidade de Propriedade Intelectual e Ciência da Thomson Reuters. Foram avaliados mais de 120 mil papers, indexados entre 2003 e 2013, em cada área de estudo. Os assuntos de maior destaque foram a relação entre genomas e câncer e a conversão de luz solar em energia renovável e, em primeiro lugar, está uma mulher – Stacey B. Gabriel, do MIT e Harvard -, que conquistou a mesma posição no ranking do ano passado por suas contribuições para o projeto Atlas do Genoma do Câncer.
Imagem: Geralt/Pixabay / Fotos: Divulgação