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Qual sua foto favorita do concurso ‘Wildlife Photographer of the Year People’s Choice Award 2022’? É hora de votar!

Em outubro, foram divulgados os vencedores do Wildlife Photographer of the Yearo maior concurso de fotografia da vida selvagem do mundo, considerado o “Oscar” dessa área -, escolhidos por um júri profissional. O fotógrafo brasileiro Luís Palácios, que concorreu na categoria Comportamento de Mamíferos, recebeu menção de destaque com o registro do mico-leão-da-cara-dourada (contamos aqui). 

Agora, chegou a vez do público escolher a imagem do ano entre as 25 selecionadas (apresentamos 14 neste post), que apresentam flagrantes incríveis da natureza. Este ano, foram mais de 38 mil inscrições, oriundas de 93 países dos cinco continentes. 

Nas duas competições, o objetivo do Museu de História Natural de Londres é promover o trabalho de fotógrafos especializados em animais e meio ambiente e ampliar a conscientização a cerca da importância (e urgência) da preservação e da conservação da fauna. 

votação online vai até 2 de fevereiro de 2023 e o vencedor será anunciado sete dias depois.

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“Os eleitores terão o desafio de escolher entre esta impressionante variedade de fotografias que contam histórias vitais e conectam as pessoas a problemas em todo o planeta”, declara Douglas Gurr, diretor da instituição. “Estamos ansiosos para descobrir qual das imagens será a favorita”.

Além da imagem vencedora – que ficará exposta no museu até 2 de julho de 2023 -, outras quatro serão exibidas no site, juntamente com as vencedoras do Wildlife Photographer of the Year

Outro ângulo

Não vai ser fácil escolher uma imagem. Todas são lindas e de impacto: algumas, pela composição, outras pelo flagrante, outras ainda pela emoção e tem também as que tocam apenas pela estética. Eu, por exemplo, tive muita dificuldade para escolher uma para o destaque deste post: selecionei cinco. Uma delas com certeza será a minha favorita na votação.

E, antes de apresentar minha seleção, quero contar que, certamente, alguns leitores do Conexão Planeta poderão ter a sensação de já terem visto uma das imagens que participam desta competição: o flagrante comovente abaixo, no qual um filhote de babuíno se mantém agarrado à mãe morta por um leopardo, no Parque Nacional South Luangwa, na Zâmbia. Lembra dela?

SEGURANDO / Foto: Igor Altuna

Na verdade, esta imagem é de autoria de Igor Altuna. Ele foi surpreendido com a cena brutal que também foi registrada por Shafeeq Mulla, um dos vencedores do concurso internacional de fotografia da The Nature Conservancy, como contamos aqui.

No site do Museu de História Natural de Londres (que, desde 1985, realiza os concursos Wildlife Photographer of the Year), a descrição da foto é ainda mais comovente, veja:

“O bebê do babuíno ainda estava vivo e agarrado à mãe. Igor observou enquanto o predador caminhava calmamente de volta para seu próprio bebê. Seu filhote brincou com o bebê babuíno por mais de uma hora antes de matá-lo, quase como se tivesse recebido uma presa viva como uma lição de caça”.

Muito interessante saber tantos detalhes, que antecedem ou são posteriores à imagem. Por isso, antes de escolher sua preferida, leia a descrição de cada uma. Os textos acrescentam mais emoção ao que vemos e podem ajudar na decisão.

Nas 13 fotos a seguir, que selecionei do ‘Wildlife Photographer of the Year People’s Choice Award 2022’, indiquei informações que li em cada imagem. Delicie-se e não esqueça de votar!

UM ‘HUBBLE’ DOURADO: duas fêmeas e um macho de macaco dourado de nariz arrebitado se amontoam para se aquecer no frio extremo do inverno. Ameaçada principalmente pela perda e fragmentação da floresta, esta espécie está confinada ao centro da China. Restritos a viver no alto das florestas temperadas, esses macacos – nas montanhas Qinling, na província de Shaanxi – alimentam-se principalmente das árvores, de folhas, cascas, brotos e líquens. O fotógrafo Minqiang Lu conhecia a área onde uma tropa de macacos costumava descansar e, sob forte vento e neve, subiu a montanha por quase uma hora carregando seu equipamento fotográfico. Fotografou de uma encosta oposta à árvore em que o grupo estava amontoado, permanecendo por meia hora em temperaturas de -10°C antes de conseguir essa composição ao nível dos olhos
O MUNDO DO LEOPARDO-DAS-NEVES: tendo, como pano de fundo, as espetaculares montanhas de Ladakh, no norte da Índia, um leopardo-das-neves foi capturado em uma pose perfeita pela armadilha fotográfica cuidadosamente posicionada por Sascha Fonseca. Por causa de seu ambiente remoto, este é um dos felinos mais difíceis de fotografar na natureza
O SAPO COM OLHOS DE RUBI: os chamados dos sapos de vidro Mindo machos podiam ser ouvidos ao redor dessa fêmea, que estava sentada silenciosamente em uma folha. Essa espécie fica tranquila perto dos humanos: se você não os perturbar, pode instalar seu equipamento por perto. Para Jaime Culebra, este sapo tinha os olhos de ‘rubi’ mais bonitos, então, moveu cuidadosamente sua câmera, tripé e flashes para ficar perto o suficiente e capturar uma imagem que os destacasse. Encontrados apenas no noroeste do Equador, na Reserva Río Manduriacu, no sopé dos Andes, esses sapos estão ameaçados pela perda de habitat associada à mineração e à exploração madeireira
AFEIÇÃO DE RAPOSA: em um dia frio em North Shore, na Ilha Prince Edward, no Canadá, um par de raposas vermelhas se cumprimenta com um carinho íntimo / Foto: Brittany Crossman
CRECHE CARIBENHA: Claudio Contreras Koob estava deitado na lama a uma distância segura de uma colônia de reprodução de flamingos caribenhos ou americanos, na Reserva da Biosfera Ría Lagartos, na Península de Yucatán, no México. Era junho e os filhotes haviam deixado seus ninhos e estavam em creches. Essas creches são sempre guardadas pelos adultos, então, quando os filhotes começaram a se aproximar do fotógrafo, os adultos os cercaram e gentilmente os conduziram de volta para a colônia. Embora os números populacionais de flamingos sejam estáveis, eles são altamente sensíveis a mudanças no ambiente, como inundações dos locais de nidificação; ainda não se sabe como vão lidar com os efeitos das mudanças climáticas.
VERMELHO E AMARELO: perto do porto de Rausu, na ilha japonesa de Hokkaido, várias centenas de gaivotas de asas glaucas aguardavam o retorno dos pescadores. Era o começo de março e estava congelando, e o ar estava cheio dos gritos estridentes das gaivotas acima. Alguns pássaros começaram a se acomodar, mantendo os olhos no horizonte. Com foco em um pássaro, Chloé Bès compôs um retrato minimalista, destacando o olho e o bico. A mancha vermelha no bico se desenvolve quando as gaivotas são adultas e é em parte um reflexo de sua saúde. Também é uma ajuda essencial para os filhotes: quando eles bicam o local, desencadeia-se uma reação de regurgitação nos pais
CABEÇAS OU TRILHAS? O mar invulgarmente claro e plano em Monterey Bay, Califórnia, forneceu um belo pano de fundo turquesa para os corpos brilhantes de um golfinho e duas baleias francas do norte / Foto: Jodi Frediani
COVID LITTER: Auke Florian contou que um pequeno peixe foi encontrado preso no polegar desta luva cirúrgica descartada em um canal na Holanda. “Desde o ataque do Covid-19, luvas e máscaras faciais estão espalhadas pela terra e pelo mar. Este poleiro foi encontrado por cientistas-cidadãos em uma limpeza semanal de um canal em Leiden. Os espinhos em suas costas impediram que o peixe escapasse, recuando – o polegar rasgado provavelmente é o sinal de sua luta final. A luva tornou-se a base de um estudo científico que documentou a gama de animais afetados pelos resíduos da Covid-19 durante a pandemia: neste caso, o material que ajudou a nos proteger provou ser um perigo para a vida selvagem”.
ATAQUE DE VESPA: o combate frenético entre a vespa Pompilidae e a ornamentada aranha Ctenus parou de repente. Uma calma intensa invadiu o local, contou Roberto Garcia-Roa, que acompanhava o desenrolar da batalha na selva peruana de Tambopata. A imagem mostra a vespa verificando se sua picada paralisou a perigosa presa, antes de arrastá-la para o ninho. As vespas dessa família são chamadas de vespas-aranha porque as fêmeas caçam aranhas, que sãoalimento vivo para seus filhotes
VIDA E ARTE: caminhando por uma rua em sua cidade natal, Corella, no norte da Espanha, Eduardo Blanco Mendizabal se deparou com uma parede com o grafite de um gato. Sabendo que lagartixas comuns surgem nas noites quentes de verão em busca de mosquitos e outros insetos, ele voltou com sua câmera e esperou pacientemente pela foto perfeita – o caçador virando presa do gato trompe l’oeil
CABEÇA A CABEÇA: o ataque-espectáculo de duas fêmeas de boi-almiscarado surpreendeu Miguel Angel Artús Illana
LOBO LITORAL: enquanto procurava por ursos negros, Bertie Gregori avistou esta fêmea de lobo cinza trotando ao longo da costa na costa oeste da Ilha de Vancouver, Colômbia Britânica, Canadá. Fazendo um grande arco largo, ele deu a volta à frente de onde esperava que ela fosse. Então, configurou sua câmera remota, antes de voltar e recuar. A loba estava patrulhando seu território lamacento coberto de grama de enguia na maré baixa e passou direto pela câmera, permitindo que Bertie tirasse esta foto com o gatilho remoto. Infelizmente, ela foi morta por um homem que alegou estar protegendo animais de estimação
UM APERTO FIRME: este cavalo-marinho macho de Bargibant, agarrando-se firmemente com sua cauda preênsil a um leque rosa, parece quase pronto a estourar / Foto: Nicholas More

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