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Projeto de recuperação da restinga em Ipanema e Leblon, no Rio de Janeiro, recebe apoio de fundo do Airbnb

Desde 2009, o Instituto E – criado e dirigido pelo empresário da moda e ativista ambiental Oskar Metsavaht – promove a restauração de áreas de restinga na orla das praias de Ipanema e do Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, com a colaboração de duas mil crianças da rede pública de ensino.

O projeto – que conta com o apoio das empresas Osklen e Janeiro Hotel – adotou 28 canteiros de restinga, remanejou 6 mil m2 de área para as dunas e replantou mais de 10 mil m2 de área com mais de 38 mil mudas de plantas típicas dessa vegetação.

“Quando iniciamos este projeto, as dunas originais e a vegetação não existiam mais. Estavam todas devastadas pelas contínuas obras no calçadão e nas tubulações. Foi realizado um extenso trabalho de pesquisa, em parceria com a prefeitura e com a colaboração de biólogos experientes [do Jardim Botânico], para que o projeto fosse iniciado em total sintonia e alinhamento com o meio ambiente, devolvendo o verde para a cidade”, contou Metsavaht ao jornal O Globo. 

“Para o primeiro plantio, convidamos crianças das escolas públicas próximas para participar. É de extrema importância ter a sociedade conhecendo, participando e reconhecendo a relevância dessa vegetação”, acrescentou.

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Agora, o Projeto de Recuperação da Vegetação de Restinga celebra a doação do Fundo Comunitário do Airbnb, anunciada em março: a organização destinou 1,7 milhões a iniciativas de sustentabilidade e conservação

A parte que cabe ao Instituto E será usada para restaurar e manter as dunas e a vegetação na orla. Também para ações de conscientização junto à sociedade. 

“É um olhar generoso e de cuidado com a natureza e sua relação com a cidade. Quando juntos protegemos a restinga das praias de Ipanema e do Leblon, estamos demonstrando ao mundo o quanto nós, cariocas, cuidamos deste espaço de expressão de nossa cultura singular, do equilíbrio entre a complexidade de uma vida urbana com a vulnerável e bela natureza que envolve nossa cidade”, destaca Metsavaht.

OsKar Metsavaht, coordenador do Instituto E
Foto: reprodução de vídeo

preservação da restinga é imprescindível para a manutenção e o equilíbrio desse ecossistema costeiro associado à Mata Atlântica. Ela é abrigo para fauna (em especial aves como tucano, jacu, bem-te-vi, saíra, papagaio-de-cara-roxa…) e flora (lantana, cactos, bromélia, clusia, sumaré, salsão-da-praia, em geral) e contribui para o equilíbrio da temperatura e a contenção do deslocamento da areia em dias de chuva e ventos fortes, prevenindo erosões. Ou seja, garante a conservação da biodiversidade nativa do litoral.

Fundo visa fortalecer bairros e cidades

Para Aleksandra Ristovic, gerente de relações institucionais e governamentais do Airbnb no Brasil, “é uma honra apoiar organizações sem fins lucrativos de prestígio no Brasil que estão comprometidas com iniciativas sustentáveis e de conservação no país”.

E acrescenta: “O Airbnb está confiante de que essas contribuições criarão um impacto positivo para as comunidades, trazendo oportunidades e ajudando a proteger o nosso planeta”.

Lançado em 2020, o Fundo Comunitário do Airbnb pretende investir, até o final de 2030, 100 milhões de dólares em iniciativas sustentáveis no mundo inteiro. O objetivo é fortalecer bairros e cidades onde a empresa atua.

“Uma pincelada verde no Rio de Janeiro”

O trabalho de restauração e conservação da restinga em Ipanema e Leblon é exemplo para o país e o mundo. Mas nem tudo foram ‘flores’ durante a trajetória do projeto.

A pior experiência aconteceu nove anos depois, em 2018, e foi fruto da falta de conscientização ambiental e de educação da população, mas também da falta de planejamento do poder público.

Em apenas quatro dias de Carnaval, parte da área dessa recomposição foi arrasada pelos foliões. Eles pisotearam a vegetação durante a passagem dos blocos, sem dó, educação e consciência.

Na época, Metsavaht e todos os envolvidos no projeto ficaram inconsoláveis na época, mas o Projeto de Recuperação da Vegetação de Restinga seguiu em frente e a vegetação foi recomposta. 

“Já tem mais de uma década esse cuidado que nós temos, e eu gostaria todo mundo colaborasse. Esse espaço é um espaço público, ou seja, um espaço nosso, da comunidade carioca, da sociedade brasileira e que repliquem esse projeto nas outras praias, em outras cidades”, declara Metzavaht em entrevista que você pode assistir a seguir.

“Pra mim foi o maior prazer como artista e ativista ambiental. Dei uma pincelada verde onde tem o azul do mar, a areia da praia, o asfalto, os prédios brancos. Eu fui ali e fiz minha intervenção urbana, uma pincelada verde na cidade do Rio de Janeiro”.

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Foto: divulgação/Instituto E

Com informações do Instituto E, O Globo

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