Foram anunciados na noite da quinta-feira (07/04) os vencedores do Leading Culture Destinations, LCD Awards, uma premiação internacional que reconhece os melhores museus do mundo e seu trabalho para promover a cultura. E pela terceira vez, o Museu do Amanhã, do Rio de Janeiro, foi um dos ganhadores. Nesta edição, ele foi escolhido como o melhor na categoria “Melhor Experiência Digital“.
Quem anunciou virtualmente a nova conquista do Museu do Amanhã foi o astrofísico americano Neil deGrasse Tyson, que concorria com outros oito museus, de países como Finlândia, Rússia, França, Escócia e Dinamarca.
Para poder continuar oferecendo ao público o conteúdo importante que divulga, durante os meses em que ficou fechado por causa da pandemia da covid, o museu desenvolveu uma programação digital, com mais de 80 horas de atividades e palestras online, além da realização de um mostra virtual. Como resultado desse esforço, o canal oficial do museu no YouTube quadruplicou de tamanho, dando um pulo de 331% entre março de 2020 e dezembro de 2021. No Instagram, o perfil chegou a alcançar mais de 2 milhões de pessoas.
E a partir de agora, para continuar a aposta no mundo digital, todas as exposições também terão acesso online.
“O prêmio é um reconhecimento da estratégia digital do Museu do Amanhã durante os anos de 2020 e 2021, mas também é resultado do engajamento dos públicos que participaram das nossas atividades, nos visitaram de forma virtual e presencial e assistiram ao vídeo que nos ajudou a vencer o prêmio. O Rio de Janeiro, como um dos principais destinos culturais do mundo, não poderia ficar sem essa conquista. Agradecemos a cada pessoa que se conectou com a gente e fez parte disso!”, escreveu a equipe do museu carioca em suas redes sociais.
Em 2016, o Museu do Amanhã já tinha ganhado o LCD Award como “Melhor Museu do Ano da América do Sul e Central”. Dois anos depois, em 2018, conquistou o 1o lugar na categoria de “Melhor Organização Cultural do Ano para promoção de ‘Soft Power’”, expressão usada na teoria das relações internacionais para descrever a habilidade de influenciar indiretamente o comportamento ou interesses da sociedade por meios culturais.
Museu do Amanhã: sustentabilidade na prática
Inaugurado em dezembro de 2015, depois de cinco anos de construção, o museu de ciências do Rio foi um presente aos cariocas e aos turistas que visitam a cidade e foi um dos pontos altos da recuperação da zona portuária da cidade, que ficou completamente abandonada por décadas, para os Jogos Olímpicos de 2016.
O projeto do prédio belíssimo foi criado pelo renomado arquiteto catalão Santiago Calatrava. Ele se inspirou no formato das bromélias do Jardim Botânico, plantas típicas de regiões tropicais como o Brasil, para desenhar a fachada do edifício. A cobertura móvel, onde foram instaladas 5.492 placas fotovoltaicas para captar energia solar, se move ao longo do dia, simulando o movimento de asas, para acompanhar o movimento do sol e assim, garantir a iluminação natural ao interior.
No seu entorno, mudas de espécies nativas da região costeira do Rio de Janeiro foram plantadas no jardim que circunda o prédio, em uma área de 5.500 m2.
A água captada da Baía de Guanabara abastece, além do sistema de refrigeração, os espelhos d’água externos. Depois de passar por um processo de purificação, ela é devolvida ao mar. Estima-se que o sistema gere uma economia de 9,6 milhões de água por ano.
Com uma linguagem extremamente moderna, unindo arte com instalações audiovisuais e jogos interativos, o museu se divide em cinco grandes áreas: Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós. Um dos destaques, logo na entrada, é um domo de 360º – o Portal Cósmico.
Desde que foi inaugurado, o Museu do Amanhã virou uma atração disputadíssima no centro do Rio. Mas para evitar as longas filas em épocas de feriados, finais de semanas ou férias, a dica é comprar o ingresso previamente, pela internet.
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Fotos: reprodução Facebook Museu do Amanhã
