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Museu do Amanhã aposta na diversidade de conhecimentos em seu novo ‘Comitê Científico e de Saberes’

Museu do Amanhã aposta na diversidade de conhecimentos em seu novo 'Comitê Científico e de Saberes'

“O novo comitê espelha a diversidade de vozes e de visões de mundo que o Museu do Amanhã já vinha apresentando em sua programação, curadoria e atividades. A Comissão Curatorial e o Comitê Científico e de Saberes representam a necessidade, amplificada pela pandemia, de lidarmos com temas complexos e multifacetados, reconhecendo a contribuição que a ciência, representada por nomes como o de Rosiska Darcy, e outras formas de saber, como a de Ailton Krenak, têm a oferecer para a compreensão e a solução dos desafios globais”.

Assim, Ricardo Piquet, diretor executivo do Museu, apresenta o novo grupo, formado por 15 especialistas em clima, biodiversidade, oceanos, saúde, tecnologia, inovação, história, desigualdades sociais e conhecimentos tradicionais. Cada um oferece uma visão complementar do modo de estar e se relacionar com o mundo e contribuirá para ampliar a diversidade dos conteúdos e programas.

São eles: Ailton Krenak (foto), Débora Fogel, Elisa Reis, Fábio Scarano (foto), Georgia Pessoa, Helena Nader, Hugo Aguilaniu, Joana Félix, José Augusto Pádua, Leandra Gonçalves, Paulo Artaxo, Roberto Lent, Rosiska Darcy de Oliveira (foto), Silvana Bahia (foto e Stevens Rehen. 

A união de personalidades tão interessantes visa o reconhecimento e a reverência da contribuição e da relevância da diversidade de saberes, trajetórias e lugares de fala, tornando possível a produção de uma transformação social alinhada à justiça e ao desenvolvimento com igualdade.

Os integrantes são voluntários e convidados a compor o grupo pelo prazo de um ano, que pode ser renovado pelo mesmo período sucessivamente. 

Alinhamento

Uma das funções do novo grupo será apoiar o Museu na identificação de instituições, atores e temas relevantes em diferentes campos do conhecimento com o intuito de fortalecer as conexões da instituição com o ecossistema da ciência no Brasil e no exterior. 

“O Comitê Científico e de Saberes reúne pessoas ligadas a temas diversos e igualmente importantes, como as questões climáticas, a preservação da Amazônia, a cultura indígena, a diversidade étnica e racial e reflete nossa conexão com a Agenda 2030 da ONU“, conta Leonardo Menezes, diretor de Conhecimento e Criação do Museu do Amanhã, que preside o Comitê.

Menezes destaca ainda que o novo comitê também se alinha com as agendas das Décadas da Regeneração dos Ecossistemas (2021 a 2030) e da Conservação dos Oceanos, instituídas pela ONU. E acrescenta:

“Mantivemos o vínculo com a Academia Brasileira de Ciências e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, ao mesmo tempo em que estamos trazendo a presença de pessoas mais jovens e ligadas a instituições de ensino, pesquisa e divulgação da ciência. A presença de Ailton Krenak se destaca pela sua relação com os saberes tradicionais e a possibilidade de trazermos para o Museu do Amanhã essa coleção de bibliotecas visíveis e invisíveis”.

Comitê de curadores

Museu do Amanhã aposta na diversidade de conhecimentos em seu novo 'Comitê Científico e de Saberes'

Os novos membros ainda vão ajudar a respaldar o desenvolvimento de atividades do Museu do Amanhã, alinhadas com os integrantes da Comissão de Curadores do museu, anunciados em maio deste ano.

As curadorias são três: Sustentabilidade, orientada por Sérgio Besserman (na foto, à esquerda); Convivência, por Luana Génot, e Inovação, por Alexandre Fernandes. 

Agora, saiba mais a respeito dos novos integrantes do Comitê Científico e de Saberes do Museu do Amanhã:

Os membros do comitê e seus talentos

Museu do Amanhã aposta na diversidade de conhecimentos em seu novo 'Comitê Científico e de Saberes'
Ailton Krenak / Foto: Sergio Cohn

AILTON KRENAK
Escritor, pesquisador, ambientalista e líder indígena. Suas pesquisas e atuação vão de encontro à luta dos povos indígenas e de questões ambientalistas. Entre suas produções está o livro ‘Ideias para adiar o fim do mundo’ (2019), no qual o escritor aborda a relação dos homens com a natureza e os desastres ambientais causados pelo modo de viver e produzir, desconectados de sua preservação. Os textos do livro são fruto de suas palestras em conferências ou entrevistas realizadas entre 2017 e 2019, no Brasil e em Portugal.

Importante liderança indígena, Krenak participou da criação de iniciativas como a União das Nações Indígenas e a Aliança dos Povos da Floresta. Coleciona reconhecimentos como o titulo de Doutor Honoris Causa da UFJF (2016) e a Comenda da Ordem do Mérito Cultural do Brasil, concedida pelo Ministério da Educação (2018). É pesquisador convidado da Cátedra CALAS-IEAT/UFMG, no período 2021/2022.

DÉBORA FOGUEL
É doutora em Bioquímica pelo Instituto de Química da UFRJ, com estágio na Universidade de Illinois-EUA. Professora titular do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis da UFRJ, é pesquisadora 1A do CNPq, membro da Academia Brasileira de Ciências e da The World Academy of Sciences (TWAS). Em 2018, foi agraciada com a Ordem Grã Cruz do Mérito Científico. Atualmente é Coordenadora de Educação da Rede Nacional de Ciência para Educação.

ELISA REIS
Doutora em Ciência Política pelo MIT-USA, realizou estudos de pós-doutorado na Universitá degli Studi di Firenze, Itália. É professora titular de sociologia política no Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da UFRJ, onde coordena o Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre Desigualdade (NIED).

É membro titular da Academia Brasileira de Ciência e da World Academy of Sciences for the Advancement of Science in the Developing Countries (TWAS). Vice-Presidente do International Science Council, foi Vice-Presidente do International Social Science Council, e integra o International Panel on Social Progress.

FÁBIO SCARANO
Engenheiro florestal, Ph.D. em Ecologia e professor titular da UFRJ. Atuou nos painéis da ONU para o clima e biodiversidade e foi dirigente no Jardim Botânico do Rio, na Conservação Internacional (CI) e na Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS). Recebeu dois Prêmios Jabuti de Literatura na área de Ciências Naturais, um deles com Mata Atlântica – Uma História do Futuro. Seu livro mais recente é Regenerantes de Gaia (2019).

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Fábio Scarano / Foto: reprodução de vídeo

GEORGIA PESSOA
Advogada, é mestre em Gestão Ambiental, com MBA em Direito da Empresa e da Economia, além de pós-graduada em Direito da Propriedade Intelectual. Antes de assumir o cargo de Diretora Executiva do Instituto Humanize, trabalhou à frente da Gerência de Meio Ambiente da Fundação Roberto Marinho e foi Diretora da Rare no Brasil.

Com mais de 20 anos de experiência na área de desenvolvimento e atuando em diversas organizações com diferentes competências, Georgia ainda trabalhou como Gerente de Programas da Iniciativa Andes‐Amazônia (IAA), na Fundação Moore (São Francisco – EUA) e foi Diretora da Iniciativa Clima da América Latina (LARCI/iCS).

Já como consultora jurídica, atuou no WWF‐Brasil e no FUNBIO. Com ampla experiência no recorte ambiental e envolvida com a comunidade filantrópica, ela sinaliza conexões com uma relevante rede de profissionais que atuam no governo brasileiro, no setor privado, em universidades e ONGs.

HELENA NADER
Possui doutorado em Biologia Molecular pela Unifesp e pós-doutorado na University of Southern California com bolsa da Fogarty (NIH). Professora titular da Unifesp, pesquisadora 1A do CNPq, membro titular da Academia de Ciências de São Paulo, da Academia Brasileira de Ciências, da World Academy of Science for the Advancement of Science in Developing Countries (TWAS) e da Academia de Ciências de América Latina (ACAL).

Atualmente é vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e co-presidente da InterAmerican Network of Academies of Sciences (IANAS). É membro de conselhos de agências de financiamento e recebeu diversas honrarias e prêmios nacionais e internacionais.

HUGO AGUILANIU
Geneticista de formação, possui doutorado pela Universidade de Gotemburgo (Suécia) e pós-doutorado pelo Salk Institute for Biological Studies (EUA). Suas contribuições científicas se deram principalmente no estudo das bases genéticas do processo de envelhecimento. Em seguida, juntou-se ao Conseil National de la Recherche Scientifique (França), onde se tornou diretor de pesquisa.

Na École Normale Supérieure de Lyon, liderou uma equipe de 2006 a 2016, cuja pesquisa foi premiada pelo CNRS e ERC (Conselho Europeu de Pesquisa). Em 2017, tornou-se diretor do Instituto Serrapilheira. Também é membro do Conselho Superior da FAPERJ.

JOANA D’ARC FÉLIX DE SOUSA
Possui graduação, mestrado, doutorado e pós-Doutorado pela UNICAMP. É coordenadora e professora dos cursos técnicos em Química, Curtimento, Biotecnologia e Meio Ambiente na Escola Técnica Estadual Professor Carmelino Corrêa Júnior. Já foi agraciada com mais de cem prêmios e honrarias nacionais e internacionais, incluindo o Prêmio Kurt Politzer de Tecnologia.

JOSÉ AUGUSTO PÁDUA
Doutor em Ciência Política pelo IUPERJ, possui pós-doutorado em História pela Universidade de Oxford. Atualmente é professor associado do Instituto de História da UFRJ, onde é um dos coordenadores do Laboratório de História e Natureza. Foi presidente, de 2010 a 2015, da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade (ANPPAS).

É fellow do Rachel Carson Center for Environment and Society (Ludwig-Maximilians-Universitat, Munique) e foi membro, entre 2013 e 2015, do Conselho Diretor do International Consortium of Environmental History Organizations. Fez parte do colégio de consultores na criação do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

LEANDRA REGINA GONÇALVES
Pesquisadora de pós-doutorado no Instituto Oceanográfico da USP e professora-colaboradora no Programa de Pós-graduação do Instituto do Mar na UNIFESP. Com doutorado pelo Instituto de Relações Internacionais da USP, integra a Plataforma Brasileira sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES), o Projeto de Governança do Sistema da Terra e é autora principal para o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas no Global Environment Outlook 6 sobre efetividade de políticas ambientais.

PAULO ARTAXO
Professor de Física Ambiental da USP, membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). É membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), membro da World Academy of Sciences for the Advancement of Science in the Developing Countries (TWAS), vice presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP) e vice presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Esta última função foi assumida no mês passado, quando Renato Janine Ribeiro foi eleito presidente da instituição.

Museu do Amanhã aposta na diversidade de conhecimentos em seu novo 'Comitê Científico e de Saberes'
Paulo Atraso / Foto: Reprodução/TV Brasil

ROBERTO LENT
Médico, Mestre e Doutor pela UFRJ, pós-doutor pelo MIT-USA. Professor Emérito da UFRJ, Pesquisador 1A do CNPq, Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, e Pesquisador do IDOR – Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino. Na UFRJ, chefia o Laboratório de Neuroplasticidade do Instituto de Ciências Biomédicas. No IDOR dirige uma equipe em Neurodesenvolvimento e Educação. É Coordenador-Geral da Rede Nacional de Ciência para Educação. Atua também em divulgação científica, com livros e artigos para adultos e crianças.

ROSISKA DARCY DE OLIVEIRA
Escritora, jornalista e professora da Universidade de Genebra e da PUC/Rio. É ocupante da cadeira 10 da Academia Brasileira de Letras, eleita em 11 de abril de 2013. Tem dez livros publicados no Brasil e outros na Europa e Estados Unidos. Foi assessora do vice-governador do Rio de Janeiro, Darcy Ribeiro, por quatro anos. Trabalhou com o educador Paulo Freire, no Brasil e na Guiné-Bissau.

Fundou a Coalizão de Mulheres Brasileiras, que presidiu, e foi nomeada presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. Foi embaixadora do Brasil na Comissão Interamericana de Mulheres da OEA e membro do Conselho Assessor do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Rosiska Darcy de Olveira / Foto: Divulgação

SILVANA BAHIA
Co-diretora executiva do Olabi (espaço dedicado à aprendizagem de tecnologia no Rio de Janeiro), coordenadora da PretaLab – iniciativa de estímulo às mulheres negras nas tecnologias e inovação. Mestre em cultura e territorialidades pela UFF, pesquisadora associada do Grupo de Arte e Inteligência Artificial da USP e do grupo de pesquisa em Políticas e Economia da Informação e Comunicação da UFRJ.

Silvana Bahia – Foto: Divulgação

Participou do programa Lauttasaari Manor Residency na Finlândia, colaborando com o projeto Anti-Racism Media Activist Alliance (ARMA), e é codiretora do documentário Quadro Negro, sobre a trajetória de estudantes negros e a politica de cotas nas universidades brasileiras.

STEVENS REHEN
Neurocientista, empreendedor, colunista de ciência, podcaster. Professor da UFRJ e pesquisador do Instituto D’Or. Membro da Academia de Ciências da América Latina, da World Academy of Sciences for the Advancement of Science in the Developing Countries (TWAS).

Foto (destaque): montagem com imagens de divulgação e de Adriana Moura (foto de Krenak)

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