Os esforços de proteção do tigre da espécie Amur – também conhecida como tigre siberiano – foram implementados na Rússia a partir de 2005 devido à caça excessiva que quase levou a espécie à extinção, em meados do século 20. E, desde então, as notícias têm sido bastante otimistas.
Quatro meses depois de lançarmos o Conexão Planeta, em 2015, por exemplo, contamos sobre a felicidade de um grupo de pesquisadores que havia descoberto que uma filhote resgatada por eles e devolvida à natureza (tempos depois), tinha acabado de se tornar mãe de dois filhotes. Ou seja, além de atrair um macho, ela estava se mostrando capaz de obter comida para alimentá-los, mesmo em clima tão inóspito.
Em 2016, o WWF International relatou que – pela primeira vez, em um século – a população de tigres soltos na natureza estava aumentando consideravelmente em reservas de países asiáticos, entre eles, a Rússia. Contamos aqui.
Recentemente, no final de novembro, a agência estatal de notícias russa TASS divulgou que – pela primeira vez em meio século – foram avistadas pegadas raras do tigre siberiano na república de Sakha, um dos lugares mais frios do planeta, onde é muito difícil a existência de florestas e de caça.
As pegadas foram encontradas por agentes do serviço de proteção florestal ao longo da margem direita do rio Aldan, no sudeste da região, e representam um excelente indício de que a espécie ameaçada de extinção está em recuperação.
Viktor Nikiforov, chefe da organização ambiental Tigrus, revelou à TASS que esta é “a primeira entrada do tigre em Sakha no século 21, mesmo na última metade do século!”.
Graças ao trabalho de conservação implementado há dezesseis anos, a população desse grande felino no extremo oriente da Rússia cresceu de 330 tigres para mais de 600. Mais que dobrou, portanto. E, para Nikiforov, “o fato de os tigres voltarem a explorar seus ancestrais locais de caça indica que o número de animais mais ao norte não é motivo de preocupação”.
Com informações do Moscow Times
Foto: Pixel Mixer/Pixabay