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Onça-parda ‘albina’ ou gato?

Desde que um morador do Vale do Calembe, no bairro Nogueira, em Petrópolis, avistou e filmou um animal branco descendo pela montanha, no final de março, o ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade tem monitorado a região.

As suspeitas são de que o animal pode ser a única onça-parda ou suçuarana (Puma concolor) com leucismo do mundo (leucismo é quando a pelagem não tem melanina, por isso é branca, mas os olhos do animal são pigmentados). 

Em 2013, registros de câmeras de monitoramento no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (que abrange Teresópolis, a 60 km de Petropolis, no Rio de Janeiro) identificaram um felino com essas características, mas ele nunca mais foi encontrado.

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O material colhido pelas armadilhas fotográficas foi publicado somente em 2018 em artigo científico assinado pela pesquisadora Cecília Cronemberg, do ICMBio, porque até então havia expectativa de reencontrar o animal para aprofundar as pesquisas sobre sua anomalia

Onça-parda com leucismo registrada em 2013, por armadilhas fotográficas, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Teresópolis, RJ / Foto: ICMBio

Suçuarana ou gato?

Assim que a equipe do ICMBio tomou conhecimento da aparição e do vídeo, seguiu para o local, mas não teve sorte. Além do monitoramento por trilhas, voos de drone também têm sido (e continuarão a ser) realizados. Mas não há nenhuma certeza sobre a espécie do animal. 

“Por enquanto, não temos como dar certeza se de fato é uma onça branca, apesar do vídeo indicar isso”, explicou Victor Valente, chefe do Núcleo de Gestão Integrada do ICMBio Serra Fluminense, ao G1, em abril. 

Para a coluna de Ancelmo Gois, de O Globo, ele ainda fez um alerta (publicado ontem, 2/5): “Essa última imagem que o morador nos mandou é distante. Pode ser até um gato!” (veja o vídeo no final deste post).

Educação ambiental para os moradores

Pesquisadores não descartam a possibilidade de que a onça-parda filmada seja a mesma registrada em 2013, visto que a espécie se desloca por extensas áreas.

Valente contou, também, que, ao mesmo tempo em que monitora a região, a equipe do ICMBio está dando educação ambiental para os moradores. Os indivíduos dessa espécie não atacam humanos, mas podem atacar animais domésticos. Nem por isso as pessoas podem ir atrás do animal para acuá-lo ou provocá-lo.

“O que pedimos à população é para não se aproximar porque aquele é seu ambiente natural. Ela não vai descer até as casas, a não ser – é claro – que tenha algum atrativo como galinhas, cabritos, algum animal doméstico que seja de fácil acesso”. A orientação, portanto, é para que mantenham esses animais presos. “Deixem-nos em áreas protegidas com telas, muro, de forma que o animal não consiga entrar”.

E ele ainda faz um apelo: “Vale reforçar que [se for uma onça-parda] se trata de um animal silvestreprotegido pela legislação, então qualquer ameaça contra ele o ICMBio vai fiscalizar. Por favor, colaborem com a proteção desse felino!”.

Agora, assista ao vídeo registrado por morador da Vila do Calembre, no bairro Nogueira, em Petrópolis, em 30/3/2023:

Foto: ICMBio/divulgação

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Robeto
Robeto
1 ano atrás

Aqui em São Lourenço MG apareceu uma já tem um mês morando em uma mata perto de um bairro. Os interessados , tenho fotos e filmagens. 14/06/2023. Facebook Roberto Pocinha Fernandes.

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