Esta será uma semana única. Barack Obama é o primeiro presidente dos Estados Unidos a visitar o Ártico em missão oficial. A viagem é mais uma importante bandeira levantada por ele para chamar a atenção do mundo, e especialmente dos próprios americanos, para as mudanças climáticas.
Na agenda do presidente, estão marcadas várias atividades, que mostram o comprometimento dele com o tema. Obama encontrará pescadores, que já sentem no dia a dia, o impacto do degelo na região e da elevação da temperatura das águas do oceano sobre a pesca do salmão, principal meio de subsistência dos moradores do Alaska há muitos séculos.
Segundo os cientistas, o Ártico é uma das regiões do planeta que mais sofrem com o aquecimento global. Grandes extensões de terras já foram perdidas devido à erosão e ao aumento do nível do mar. “Incêndios ocorrem com maior frequência, assim como fortes tempestades. As mudanças climáticas são reais. E estão acontecendo agora”, afirmou Obama, em comunicado oficial.
Em Anchorage, Obama participará da conferência Global Leadership in the Arctic: Cooperation, Innovation, Engagement and Resilience (GLACIER), que reunirá representantes, lideranças e cientistas das nações que possuem território no Ártico. Durante o encontro, eles debaterão como as mudanças climáticas têm afetado a região e quais são as ações a serem tomadas.
Hoje (01/09), o presidente irá escalar o Glaciar Exit e conseguirá ver de perto o derretimento da cobertura de gelo no Ártico.
Para o povo do Alaska, o momento mais significativo da visita de Barack Obama foi a devolução do nome original da montanha mais alta dos Estados Unidos, localizada ali. Chamada durante muitos anos como McKinley, uma homenagem a um ex-presidente americano, a partir de agora a montanha recupera seu nome nativo: Denali, que no dialeto local significa “a alta”.
A Casa Branca está promovendo fortemente a cobertura da viagem de Barack Obama em todas suas mídias sociais. Recentemente, o chefe de estado americano recebeu duras críticas de especialistas ao permitir que a Shell iniciasse a perfuração de poços de petróleo em regiões próximas ao Ártico.
Fotos: divulgação Casa Branca