Hoje, 8/3/2016, campanhas para celebrar o Dia Internacional da Mulher se espalham pelas redes sociais, além de ruas, praças, parques, escolas… ao redor do mundo. Há muitas conquistas para comemorar, sim, e muita gente trabalhando para que outras sejam alcançadas, por isso é tão importante falar delas sempre e nunca perder a esperança.
À meia noite, o Google iniciou as celebrações com um Doodle super alto astral – #OneDayIWilll ou #UmDiaEuVou -, no qual revela os sonhos de 58 mulheres de 13 cidades (entre elas, o Rio de Janeiro) nesta data especial. Em vez de uma imagem ou animação, optou por um vídeo curtinho (assista no final deste texto) que mostra parte das entrevistas realizadas: no total, foram 337 e você pode acompanhar todas neste link.
Mas, mesmo com linguagem positiva e incentivadora, em geral as comemorações lembram do que ainda não está bom, do que ainda não é justo, do que ainda precisa mudar. Estamos no século XXI e é inacreditável o que há por fazer. Pedimos respeito e justiça, nos revoltamos contra a violência sexual, moral ou de outros tipos contra mulheres e meninas, pela equidade de gênero, nos revoltamos contra a exploração, o racismo… E, enquanto não houver igualdade, é imprescindível mobilizar homens, mulheres, jovens e crianças pelo mundo.
Sonho com o tempo em que o Dia Internacional da Mulher não será mais necessário porque a humanidade entenderá que somos todos iguais e não há distinção. Mas, enquanto isso não acontece, celebremos e nos mobilizemos!
Este ano, a ONU Mulheres volta com a campanha que lançou no ano passado, com base na Agenda 2030, implementada em setembro, em Nova York, pelo cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (17 metas globais). A iniciativa Planeta 50-50 em 2030 tem por objetivo acelerar os compromissos em prol do empoderamento de meninas, jovens e mulheres e convida os governos para que assumam compromissos nacionais para enfrentar os desafios que as impedem de alcançar seu pleno potencial.
A igualdade de gênero é a principal bandeira da campanha, mas a representante da ONU Mulheres, Nadine Gasman, já disse no site da entidade que ela só acontecerá quando forem eliminadas todas as formas de descriminação contra as mulheres. “Temos de quebrar o ciclo perverso da violação de direitos das mulheres. Isso implica mudanças concretas e diárias dentro de casa, na maneira como as pessoas vivem, nas estratégias e nos investimentos em políticas públicas, no avanço de leis que garantam os direitos das mulheres, na responsabilidade de empresas para enfrentar barreiras que ainda impedem salário igual e mais poder para as mulheres desenvolverem suas carreiras”.
Aqui, a campanha ganhou força com sua embaixadora brasileira, a atriz Camila Pitanga, que gravou vídeo exclusivamente para a data no qual diz o que ela quer no Dia Internacional da Mulher e lança um desafio. Nas redes sociais, a iniciativa ganhou a hashtag #TrocoPresentePorIgualdade. Camila quer respeito, consciência, o compromisso de todos pela equidade salarial e para acabar com o racismo e o assédio sexual. E você? O que quer neste Dia Internacional da Mulher?
Camila tornou-se embaixadora da ONU Mulheres no ano passado, no Dia Internacional dos Direitos Humanos, 10/12, se juntando a outras embaixadoras globais como as atrizes Nicole Kidman e Emma Watson e a princesa Bajrakitiyabha Mahidol, à embaixadora nacional e atriz Hai Qing (China) e aos embaixadores regionais como a tenista Sania Mirza (Sul da Ásia), o ator, cineasta e cantor Farhan Akhtar (Sul da Ásia). A atriz brasileira é a primeira personalidade das Américas a ser porta-voz pública da ONU Mulheres e tornou-se a sétima personalidade no mundo a receber o título de embaixadora da entidade, a segunda em âmbito nacional.
Agora, fique com o Doodle do Dia Internacional da Mulher. Nele estão várias mulheres desconhecidas, mas também primatologista inglesa Jane Goodall e a ativista paquistanesa Malala, entre outras mais conhecidas pelo mundo.
Foto: Reprodução