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Aquecimento global: o alto custo de não fazer nada

geleiras do ártico sofrem com aquecimento global

“As empresas prestam muita atenção ao custo de fazer alguma coisa. Deviam preocupar-se mais com os custos de não fazer nada”.  A famosa frase do guru de administração Philip Kotler é muito adequada nestes dias em que a inércia de empresas e governos reedita tragédias anunciadas. Às vésperas da convenção global do clima, a COP21, em Paris, uma forma engenhosa e simples de apresentar informações complexas é um termômetro que mostra exatamente o custo de não fazer nada.

Os números mostrados no termômetro do CAT (Climate Action Tracker, ou Monitor de Iniciativas Climáticas) indicam que as tendências de aquecimento global neste século estão bem acima dos 2 graus centígrados considerados um limite seguro pela ciência. Nesse caso, o custo de “não fazer nada” aparece de forma muito clara: uma tendência de aquecimento de quase cinco graus neste século, muito mais do que o dobro do que seria considerado seguro.

O termômetro mostra o aumento da temperatura média global desde a era pré-industrial até 2100. Os números do CAT são resultado de análise científica independente que mede a ação climática dos governos em comparação com os objetivos acordados para manter o aquecimento global abaixo dos 2°C.

A imagem deste termômetro traz a projeção do CAT com a soma de 131 pacotes de contribuição de redução de emissões nacionais (INDCs na sigla em inglês) apresentados à ONU até 10 de novembro de 2015. Esses pacotes refletem 158 países (incluindo os membros da União Européia), e cobrem 88% da população global.

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O trabalho é produzido por quatro organizações de pesquisa: Climate Analytics, Ecofys , Instituto NewClimate e Instituto Potsdam para Pesquisa do Impacto Climático. O monitor rastreia as ações de 30 países selecionados, todos os maiores emissores e uma amostra representativa dos pequenos emissores.

Resumos e atualizações estão disponíveis no site do CAT

Projeção do Monitor de Iniciativas Climáticas (Climate Action Tracker) em 10 de novembro de 2015. Soma os pacotes de contribuição de redução de emissões nacionais (INDCs) apresentados à ONU até 10 de novembro de 2015. Foram 131 submissões, refletindo 158 países (incluindo os membros da União Européia), e cobrindo cerca de 89% das emissões globais em 2010 e 88% da população global.

*Este texto foi originalmente publicado no blog Clima 21 do canal de Sustentabilidade do Estado Online, no dia 10/11/2015

 

Foto: domínio público/pixabay

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