
Este ano, a campanha de imunização no Brasil atrasou. Ela havia sido marcada para março, foi adiada para abril e, agora, finalmente, o Ministério da Saúde (MS) comunicou que terá início em maio. O motivo? Segundo o governo, foi devido ao processo de compra da vacina contra covid-19, que sofreu com um impasse jurídico entre as farmacêuticas Pfizer e Moderna.
As duas brigavam na justiça por divergências no pregão de compra, o que atrasou a compra e levou ao desabastecimento de vários estados. Por outro lado, especialistas denunciam falta de planejamento do governo.
Seja como for, na semana passada, o ministério confirmou a compra de 12,5 milhões de doses da vacina contra a covid-19 da farmacêutica Moderna – a Spikevax -, que estarão disponíveis nos postos de vacinação (nas UBSs) a partir do início de maio.
O processo de aquisição foi iniciado em dezembro de 2023, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a versão mais atualizada do imunizante monovalente (protege contra apenas uma cepa do vírus), contra a subvariante da ômicron, XBB 1.5, também conhecida como Kraken.
Ela é recomendada para todas as faixas etárias, podendo ser aplicada em bebês a partir dos seis meses de idade. Nesse caso, a vacina é ministrada em apenas duas doses.
Veja a seguir como devem ser tomadas as doses da Spykevax, de acordo com a faixa etária, segundo o Ministério da Saúde:
- Crianças de 6 meses a 4 anos
– sem vacinação prévia e sem histórico de infecção pela covid-19: duas doses de 0,25 ml cada. A segunda só pode ser administrada 28 dias após a 1ª dose;
– com vacinação prévia ou histórico de infecção por covid-19: uma dose de 0,25. Com um detalhe: a primeira dose da Spikevax só pode ser tomada depois de três meses da última dose de qualquer vacina contra covid; - Pessoas com 12 anos ou mais, com ou sem vacinação prévia: uma dose de 0,5 ml;
- Adultos com 65 anos ou mais: uma dose de 0,5 ml. Pode ser administrada uma dose adicional três meses (ou mais) após a última dose de qualquer vacina contra a covid-19.
Covovax, indiana, a caminho?
Neste ano, a Anvisa também aprovou a vacina produzida pela indiana Zalika Farmacêutica – a Covovax -, mas ela ainda não será incluída em campanhas de vacinação porque o Ministério da Saúde ainda precisa avaliá-la.
Segundo a agência, este é o primeiro imunizante (apresentado no Brasil) que utiliza tecnologia de proteína recombinante, ou seja, possibilita a produção industrial do material para induzir a formação de anticorpos no organismo humano.
Aprovada para pessoas a partir dos 12 anos, deve ser administrado em duas doses e a segunda deve ser dada 21 dias após a primeira.
Para quem tem 18 anos ou mais, a Anvisa recomenda dose de reforço seis meses após a conclusão do esquema de vacinação primário.
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Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Fontes: Anvisa, Agência Brasil, Ministério da Saúde, Terra, G1