Desde 2012, o ranking da felicidade e bem-estar mundial – World Happiness Report – é divulgado anualmente pelas Nações Unidas, já que a entidade acredita que estes dois parâmetros são os principais a serem levados em conta para medir o progresso social de um país e a eficácia das políticas públicas empregadas.
Para a ONU, o desenvolvimento da população de uma nação deve estar baseado na felicidade e bem-estar e não mais no Produto Interno Bruto (PIB), um indicador que mede tão somente a atividade econômica e o nível de riqueza dos países, ferramenta esta amplamente usada no mundo inteiro. O grande problema do PIB é que ele só serviria se a renda total fosse dividida igualmente entre a população, o que não acontece, ainda mais em países em desenvolvimento, onde a desigualdade social continua sendo um enorme problema.
No World Happiness Report 2017, a Noruega aparece no topo da lista, seguida por Dinamarca (1º lugar no ano passado), Islândia, Suíça e Finlândia. Os dez países que estão nas primeiras posições são os mesmos da edição do ano passado. O Brasil ficou com o 22º lugar.
O que a pesquisa revela é que não importa que noruegueses, dinamarqueses ou finlandeses vivam em lugares frios, com invernos rigorosos, mas que eles têm direitos respeitados e acesso à boas escolas e hospitais, serviço de transporte público eficiente e confiam em seus governantes.
Para elaborar o ranking, os especialistas da ONU analisam parâmetros expectativa de vida, saúde, governança, renda, confiança (em governos e empresas), honestidade, liberdade (para tomar decisões) e generosidade (avaliada pelo volume de doações realizadas).
Aproximadamente 3 mil pessoas foram entrevistadas em cada um dos 150 países avaliados. Chamou a atenção dos pesquisadores a queda dos Estados Unidos no ranking para a 14ª posição. No passado, os americanos já estiveram entre os três primeiros colocados. O que os especialistas acreditam é que a descida no ranking possa ter sido causada pela eleição do novo presidente Donald Trump, que dividiu o eleitorado e é motivo de apreensão e insegurança para aqueles que não o escolheram.
Os países considerados os mais “infelizes”, ou seja, que figuram no final da lista são todos do Oriente Médio e África. São nações que sofrem com extrema pobreza ou enfrentam guerras civis, entre elas, Afeganistão, Síria, Ruanda e Tanzânia.
Um ponto enfatizado pelos autores do estudo é que o conceito de felicidade deve focar não somente na busca pela satisfação pessoal, mas no bem-estar coletivo, da sociedade como um todo.
World Happiness Report 2017
1. Noruega
2. Dinamarca
3. Islândia
4. Suíça
5. Finlândia
6. Holanda
7. Canadá
8. Nova Zelândia
9. Austrália
10. Suécia
11. Israel
12. Costa Rica
13. Áustria
14. Estados Unidos
15. Irlanda
16. Alemanha
17. Bélgica
18. Luxemburgo
19. Reino Unido
20. Chile
21. Emirados Árabes Unidos
22. Brasil
Foto (destaque): Priscilla Du Preez/Unsplash