A semana foi difícil? Muito desgaste, estresse, frustração. Bom, finalmente hoje é sexta-feira e faço um convite para você ler esta história linda. Certamente ela te tocará como fez comigo. Largue tudo e se concentre aqui: eu prometo que valerá a pena. Você acabará este texto com um sorriso no rosto, o coração aquecido e uma sensação de que há esperança e beleza em nosso mundo. Que somos privilegiados em viver em um planeta em que a natureza nos dá tantas lições de amor, generosidade e compaixão.
Esta história começou em 2016, quando um grupo de cientistas do Group for Research and Education on Marine Mammals (GREMM), organização dedicada à pesquisas científicas sobre as baleias e à conservação marinha, percebeu um narval em meio a uma família de belugas.
Apesar das duas espécies serem “parentes” (ambas são da família Monodontidae) e bastante sociáveis, raramente elas vivem juntas. O narval (Monodon monóceros) é uma baleia de cor acinzentada, que habita regiões do Ártico, e tem um canino alongado – uma presa muita peculiar. Já a beluga (Delphinapterus leucas), chamada popularmente de baleia branca, é encontrada em altas latitudes, em torno do círculo polar Ártico, distribuindo-se desde a costa da Groenlândia até a região da Noruega.
Em geral, narvais são excelentes mergulhadores, caçam em águas profundas e não têm problemas em encontrar alimentos em áreas cobertas por gelo. As belugas preferem as zonas da costa, em águas mais rasas, com menos gelo.
Pois o narval observado pelos pesquisadores canadenses estava a mais de 1.000 km de distância de onde geralmente é encontrado.
Por três anos seguidos, imagens registradas por drones, comprovam que o narval continua fazendo parte da família de belugas. A fotografia que abre este post foi feita em julho deste ano, no estuário de St. Lawrence, próximo a Quebec.
O narval se comporta como mais um dos “meninos” do grupo
Assim como as belugas, os cientistas acreditam que o narval seja um jovem macho. A distinção entre fêmea e macho se dá pela presa. “Ele se comporta como se fosse mais um menino do grupo”, compara Robert Michaud, diretor científico do GREMM. “Eles estão constantemente em contato. É como uma grande festa de adolescentes que brincam de jogos sociais e sexuais”.
Entre os meses de junho a outubro, a equipe da organização consegue monitorar frequentemente a atividade das baleias, mas depois disso, no inverno, por causa do frio e do gelo, os barcos de pesquisa não conseguem mais navegar.
A grande questão é tentar entender como o narval foi tão bem recebido pelas belugas. Quem responde é Martin Nweeia, pesquisador da Harvard University, que estuda a primeira espécie há mais de 20 anos.
“Não acho que deva surpreender ninguém. Simplesmente mostra a compaixão e a receptividade de outras espécies para acolher outro indivíduo que talvez não seja igual ou aja da mesma maneira. E talvez isso seja uma boa lição para todos nós”, completa.
Abaixo você assiste ao vídeo compartilhado pelos cientistas canadenses que mostra a linda interação entre as belugas e o narval:
Fotos: divulgação GREEM
Não entendo o pq muitos acham a ação dessa família de baleias estranha ou fora do comum. Como Martin Nweeia, pesquisador da Harvard University disse ”Não acho que deva surpreender ninguém. Simplesmente mostra a compaixão e a receptividade de outras espécies para acolher outro indivíduo que talvez não seja igual ou aja da mesma maneira”.
A adoção ,e algo lindo. Porem muitos acham estranho essa atitude por parte da familia disposta a fazer essa ação, não por dó ou por pura caridade, mas por sentir que, mesmo não sendo de sangue é parte da família, um filho, um irmão, um primo ou amigo, tem algo que liga vcs.
O reino animal nos ensinam muita coisa que devemos SIM aprender e levar em consideração. Fora que, quem liga para laços de sangue, o que faz uma família ser família não é sangue, etinia, grupo ou etc…mas o amor, o cuidado, as liçoes e por ai vai
Meu intuito nesse comentario não é incentivar todos a adotarem, já que muitos não estão preparados para esse papel, mas olhar com outros olhos.
Já vi varios casos de não somente baleias mas até animas selvagens como guepardo praticando adoção de outras expecies
Amo as baleias, de todas as expecies pois elas nos ensinam muito sobre a família e o papel materno
Quero usalas como exemplo de família que infelismente eu nunca tive.
Obg por esse poste tão incrivel, que nos da uma bela lição, eu realmente sai com o coração quentinho