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Mosca-da-carambola leva Ministério da Agricultura a declarar emergência em quatro estados

Por Fabíola Sinimbú*

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) declarou emergência fitossanitária no Amapá, Pará e em Roraima devido a presença mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae) e no Amazonas pela proximidade com essas áreas. 

A medida, publicada ontem (13/11) no Diário Oficial da União, vale por um ano e visa controlar o risco de a espécie se espalhar por outros estados, permitindo monitoramento, contenção e controle da ameaça.

Nativa da Indonésia, Malásia e Tailândia, a mosca-da-carambola foi detectada pela primeira vez no Brasil em 1996, no Amapá.

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A espécie representa uma grande ameaça à agricultura do país por causa dos riscos à saúde humana, à produção de alimentos saudáveis e consequentes danos econômicos que essa praga pode causar, principalmente, à fruticultura.

Ao se alimentar de um fruto, a mosca-da-carambola deposita larvas que se tornam hospedeiras e aceleram o processo de amadurecimento e queda do fruto já estragado. Além da carambola, de maior preferência, a praga também pode atacar outras frutas, como goiaba, manga, jambo, acerola e tangerina, tornando os frutos inviáveis para consumo humano e aumentando o custo da produção por causa das medidas de combate.

Desde 2017, o MAPA estabeleceu os procedimentos para prevenção e erradicação da praga quarentenária, ou seja, que está restrita a algumas regiões do país. Até hoje, a mosca-da-carambola permanece restrita aos estados do Amapá, Roraima e Pará; e em março, Roraima foi declarado sob quarentena por tempo indeterminado.

O estabelecimento dessas medidas possibilita um conjunto de ações em pomares comerciais e áreas de ocorrência de frutos hospedeiros, locais de comercialização, transporte de cargas e bagagens de passageiros, que buscam conter a proliferação da mosca-da-carambola. São desde a orientação da população sobre não colher e transportar frutos do chão e, áreas de ocorrência da espécie, até o uso de armadilhas e pulverizações com iscas tóxicas.

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* Este texto foi publicado originalmente no site da Agência Brasil, em 13/11/2023

Foto (destaque): Wilda Pinto/Ministério da Agricultura

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