Foram 140 cidades analisadas. E Melbourne, na Austrália, foi a grande vencedora. O estudo Global Liveability Ranking and Report 2015, elaborado anualmente pela Intelligence Unit da publicação inglesa The Economist, compara uma série de critérios para eleger o melhor local para se viver no mundo.
Logo depois de Melbourne, em segundo lugar, aparece Viena, capital da Áustria. Três cidades canadenses estão entre as seis melhores classificadas da lista: Vancouver (3º), Toronto (4º ) e Calgary (6º). Adelaide, também na Austrália, ocupa a 5ª posição.
Os critérios observados pela pesquisa são estabilidade (econômica e social), acesso à saúde (público e privada), cultura e meio ambiente, educação e infraestrutura. No item estabilidade, por exemplo, são levados em conta conflitos armados, violência e turbulência social. Na área de educação, são analisados indicadores das escolas públicas, bem como a qualidade dos colégios particulares. Em infraestrutura, o ranking verifica como é o acesso e padrão do transporte público, estradas, moradias e abastecimento de água e energia para a população.
De acordo com o estudo, atos de terrorismo e violência no mundo provocaram a queda da estabilidade em diversos países. Nos últimos seis meses, 38 cidades perderam pontos devido a este problema. É o caso de Paris, na França, onde aconteceram atentados terroristas, como ao jornal satírico francês “Charlie Hebdo”, quando doze pessoas morreram em janeiro deste ano. Mais recentemente, turistas foram assassinados em um hotel da Tunísia. Damasco (Síria), Kiev (Ucrânia) e Tripoli (Líbia) despontam como as cidades que se tornaram lugares piores para se viver. Em todas elas ocorrem graves conflitos militares, com muitas vítimas, principalmente entre a população civil.
Mas há boas notícias. Global Liveability Ranking and Report 2015 cita uma melhora na qualidade de vida de algumas localidades, que até então se encontravam entre as últimas colocadas na lista. Entre elas estão Harare (Zimbábue), Katmandu (Nepal), Dubai (Emirados Árabes Unidos) e Varsóvia (Polônia).
Estar localizada em um país rico não é garantia de ser uma excelente cidade para se morar. O ranking global do The Economist mostra que as campeãs têm baixa densidade populacional. Isto acaba sendo garantia de melhor acesso para seus moradores a espaços e atividades de lazer, mais empregos e escolas e consequentemente, há uma redução nos índices de violência.
Das capitais brasileiras que fizeram parte da lista, o Rio de Janeiro ocupa a 91ª colocação e São Paulo a 95ª.
Melbourne, a grande campeã em 2015
Foto: Alan Lam/Creative Commons/Flickr