O atletismo é a modalidade que mais rendeu medalhas ao Brasil na história dos Jogos Paralímpicos. E, em Paris, começou muito bem.
Novo recorde mundial e paralímpico
Hoje, (30), no início da manhã, na prova de 5 km, o paulista Júlio César Agripino, de 33 anos e nascido em Diadema, conquistou a primeira medalha de ouro da modalidade e a segunda do Brasil, além de um novo recorde mundial e paralímpico da distância: 14min48s85.
O atleta celebrou: “Sempre tive dificuldade para controlar a parte mental, me concentrar. Eu chegava bem condicionado, mas falhava na concentração. Conversei ontem com minha psicóloga, falei que estava um pouco nervoso, mas hoje acordei e pensei, vou ganhar. Ela falou que eu iria reagir bem e foi o que aconteceu”.
O sul-matogrossense Yeltsin Jacques, de 32, ficou com a de bronze. Quem levou a prata foi o japonês Kenya Karasawa.
Tricampeão nas Paralimpíadas
Já o paraibano Petrúcio Ferreira, 27 anos, conquistou sua sexta medalha paralímpica e a terceira de ouro do país, ao vencer nos 100 m na classe T47 (deficiência nos membros superiores) do atletismo com o tempo de 10s68.
Assim, Petrúcio torna-se tricampeão! Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2020, e no Rio de Janeiro, em 2016, levou o ouro na mesma prova.
Em Paris, o americano Korban Best ficou com a prata e o marroquino Aymane El Haddaoui com o bronze.
“Sou muito grato por tudo isso, agradeço quem acredita no meu trabalho. Este ano eu venho sofrendo muito, briga interna com meu corpo, muitas lesões, me machucando muito, muita cobrança, eu me cobro muito. Isso aqui é só diversão para mim”, declarou o atleta.
Petrúcio nasceu em São josé do Brejo do Cruz, na Paraíba, e, aos dois anos, sofreu um acidente com uma máquina de moer capim, perdendo parte do braço esquerdo, abaixo do cotovelo.
Ele gostava muito de jogar futsal e sempre foi muito rápido em campo, até que sua velocidade chamou a atenção de um treinador e mudou o rumo do atleta.
“Melhorei meu tempo, eu queria isso”
Hoje também, o velocista fluminense Ricardo Gomes de Mendonça tornou-se campeão paralímpico ao vencer os 100 m da classe T37 (paralisados cerebrais), com o tempo de 11s07.
A prata ficou com o indonésio Saptoyogo Purnomo e o bronze com Andrei Vdovin, que representa os Atletas Paralímpicos Neutros.
“Eu fiz o que tinha que fazer. Saí tendo que correr o mais rápido possível, como meu treinador pede. Na final, não tem corrida bonita, tem corrida rápida. E essa foi rápida o suficiente para trazer o ouro. Melhorei meu tempo, eu queria isso. Não foi tão mais rápido que na semi, mas consegui abaixar e estou muito satisfeito. Ainda não é o fim. Ainda tem os 200 m, minha prova favorita. Dos 100 m, foi sensacional, não poderia esperar mais”, celebrou Ricardo.
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Fotos: Douglas Magno/CPB
Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e Agência Brasil