Ao lado de Zé Gotinha e da ministra da saúde, Nísia Trindade, hoje, 27 de fevereiro, o presidente Lula recebeu a quinta dose da vacina contra covid-19, aplicada pelo vice Geraldo Alckmin, que é médico, em um posto de saúde na cidade do Guará, no Distrito Federal. Ele tomou uma dose bivalente, que protege contra a cepa original do coronavírus e também contra variantes ômicron.
O ato integrou o lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação, que visa ampliar os índices de cobertura de todos os imunizantes disponíveis pelo SUS (Sistema Único de Saúde), com destaque, a partir de hoje, para as doses de reforço contra a covid-19 em idosos acima de 70 anos, pessoas com comorbidades ou deficiência, que vivem em instituições de forma permanente, além de comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas.
Nas próximas fases, serão vacinadas pessoas entre 60 e 69 anos, gestantes e puérperas, profissionais de saúde e a população encarcerada. O restante da população deve aguardar os avisos do governo para saber quando poderão tomar a dose bivalente contra o coronavírus.
No caso dos indigenas Yanomami, a vacina contra covid-19 começou a ser aplicada em 25/2, em Boa Vista, Roraima. E o plano de ação emergencial também prevê a aplicação de outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação como BCG, pneumo, influenza, meningocócica, hepatites, HPV, entre outros.
“Pelo amor de Deus, não sejam irresponsáveis. Se tiver vacina, vá lá tomar a vacina, porque a vacina é a única garantia que você tem de não morrer por falta de responsabilidade, é uma garantia de vida”, declarou Lula. “Por isso, hoje tomei minha quinta vacina e, se tiver sexta, vou tomar a sexta, se tiver a sétima, vou tomar a sétima”.
A ministra Nísia acrescentou: “Vacina é vida, vacina é SUS. É o movimento em defesa da vida, união e reconstrução, viva a volta do Zé Gotinha!”.
E Lula completou: “O Zé Gotinha representa só amor e nada mais do que isso. Vamos todo mundo tomar vacina para que o Brasil fique curado da pandemia“.
A volta do Zé Gotinha e dos embaixadores
O encontro de hoje também reforçou o resgate do mascote criado nos anos 80 para promover a vacinação contra a poliomielite e que virou símbolo da imunização infantil no país, mas foi abandonado no governo Bolsonaro.
Durante a campanha presidencial, Lula prometeu que o traria de volta. E cumpriu a promessa. No início de fevereiro, o mascote recepcionou a primeira-dama Janja da Silva e as ministras Nísia, da Saúde, Daniela Carneiro, do Turismo, e Cida Gonçalves, da mulher, no Instituto Fernandes Figueira da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), onde se reuniram com Xuxa para convidá-la para ser a embaixadora da campanha de vacinação.
No último sábado, 25/2, numa ação promovida pelo Ministério da Saúde com o intuito de sensibilizar os brasileiros para a importância de completar suas vacinas, Zé Gotinha abriu os desfiles das escolas de samba campeãs no Rio de Janeiro.
Xuxa não é a única embaixadora do Movimento Nacional de Vacinação. No início de fevereiro, a ministra Nísia convidou o influencer Ivan Baron – ativista pela causa das pessoas com deficiência que subiu a rampa durante a posse do presidente Lula (foto abaixo) – para também fazer parte da campanha (veja como foi o encontro).
Curiosidade
Muito simbólico Lula ser vacinado por Alckmim, seu vice. Mas esta não é a primeira vez que o presidente recebe imunização de um político.
Em 2008, durante seu segundo mandado e em campanha para incentivar os brasileiros a se vacinarem contra a gripe, Lula se deixou vacinar por José Serra, que também é médico e era governador de São Paulo e seu rival político.
Serra integrava o PSDB, que também era o partido de Alckmim, hoje seu aliado.
Para ver o presidente Lula sendo vacinado por Alckmin, vá até 9’56 no vídeo abaixo:
Foto (destaque): Ricardo Stuckert