O arquipélago Fiji – que reúne mais de 300 ilhas no sul do Oceano Pacífico – é um dos países mais vulneráveis aos efeitos das mudanças do clima e um dos menos responsáveis pelo problema. Mas é o primeiro a ratificar o Acordo de Paris, firmado no dia 12/12/2015, na COP21 – Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, realizada na capital francesa.
No dia 12 de fevereiro, seu parlamento se reuniu e decidiu, de forma unânime, ratificar o acordo. Comunicou as Nações Unidas, que já confirmou a data para a assinatura de todos os países que aderiram em Paris: 22 de abril, em Nova York. Na ocasião, o país será representado por seu primeiro ministro, Vorege Bainimarama.
A meta de Fiji no acordo do clima é ambiciosa para o tamanho do país: reduzir 30% de suas emissões no setor de energia e chegar a 100% de energias renováveis em 2030. Mas claro que isso não representa muito diante da “pegada” dos países desenvolvidos, como os Estados Unidos. Por isso, a pressa em acelerar esse processo já que, para entrar em vigor, o acordo deve ser assinado por 55 países, no mínimo, e estes devem representar, pelo menos, 55% das emissões globais de gases de efeito estufa.
O arquipélago já sofre com o aumento do nível do mar e poderá enfrentar inundações em larga escala, além de ferozes tempestades tropicais e redução drástica no estoque de peixes. Sem contar que abriga refugiados do clima, habitantes de outras ilhas muito mais vulneráveis do que o arquipélago.
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