A Mata Atlântica é considerada um hotspot mundial da biodiversidade: uma das áreas mais ricas em diversidade biológica – são mais de 15 mil espécies de plantas e mais de 2 mil de animais vertebrados, sem contar insetos e outros invertebrados. Infelizmente, o bioma foi reduzido a pouco mais de 10% de seu tamanho original, aquele com o que os portugueses se depararam quando aportaram no Brasil.
Mas ao longo das últimas décadas, diversas ações e iniciativas públicas e privadas têm sido implementadas para reverter esse cenário e estimular a conservação da fauna e flora locais, assim como apoiar a geração de renda para comunidades locais de uma forma sustentável.
Uma dessas iniciativas é a Grande Reserva Mata Atlântica, que engloba uma área de cerca de 3 milhões de hectares de ambientes naturais conservados, localizados entre os estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. O projeto reúne diversos atores voluntários – governos, sociedade, pesquisadores e organizações do terceiro setor – para promover ações de desenvolvimento regional focadas no turismo de natureza.
E agora a Grande Reserva Mata Atlântica acaba de ser selecionada entre as finalistas do WTM Latin America, premiação que reconhece os projetos mais inspiradores do setor de viagens e turismo para a promoção do desenvolvimento sustentável.
A rede de portais da Grande Reserva Mata Atlântica concorre na categoria “Melhores iniciativas de trabalho em rede para promover o turismo responsável nos destinos”.
“É gratificante ver o acolhimento que a iniciativa da Grande Reserva Mata Atlântica vem obtendo. Isso nos mostra que estamos no caminho certo e nos aproxima cada vez mais de nossa visão compartilhada: a de termos a Grande Reserva Mata Atlântica reconhecida nacional e internacionalmente como um destino turístico pautado na conservação da natureza e na valorização cultural e histórica, um destino turístico tão importante quanto o Pantanal e a Amazônia”, diz Marcos Cruz, turismólogo e coordenador da rede de portais da iniciativa.
A Grande Reserva Mata Atlântica é considerada um dos melhores lugares do Brasil
para a observação de aves
Foto: Gabriel Marchi
No total, são 22 projetos finalistas ao prêmio, de dez países da América Latina, que concorreram entre os mais de 150 cases inscritos. Os vencedores serão anunciados em 16 de abril, durante um evento que será realizado em São Paulo.
“Estamos muito orgulhosos por poder representar o Brasil nesta premiação. O fato de estarmos entre os finalistas já é uma grande conquista e um reconhecimento da iniciativa a nível internacional. Para nós, isso comprova a força do trabalho em rede e como as contribuições coletivas em busca de um objetivo em comum podem, de fato, trazer benefícios em larga escala”, afirma Ricardo Borges, coordenador de comunicação e parcerias estratégicas da Grande Reserva. “Nós acreditamos que a preservação e a conservação da natureza são fundamentais para o equilíbrio do planeta e para as gerações futuras. Além disso, acreditamos que o turismo pode ser uma atividade econômica positiva quando realizada de forma responsável e sustentável.”
Mapa mostra onde está este remanescente da floresta
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Fotos do mosaico de abertura: Zig Koch
