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Governo recua na nomeação de Cairo Tavares para a presidência do ICMBio

Protestos potentes dos servidores ambientais, que fecharam os parques nacionais e podem manter a paralisação no feriado (Corpus Christi), carta assinada por seis ex-ministros do Meio Ambiente e, agora, por consequência da grande repercussão negativa, o recuo na indicação de Cairo Tavares, do PROS (Partido Republicano da Ordem Social), para a presidência do ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Eis o saldo de mais este desastre do governo Temer.

A tentativa de nomeação de um politico sem nenhuma experiência na área ambiental, de um partido conservador, que foi indicado pelos ruralistas para administrar mais de 300 unidades de conservação pelo país. Desde sua criação, o órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, só teve profissionais da área técnica na direção.

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Segundo o jornal Folha de Sao Paulo, por conta dos protestos em diversos parques nacionais, a Secretaria do Governo da Presidência teria adiado a decisão já no dia seguinte do encaminhamento da nomeação de Tavares para a Casa Civil. Até o Ministério Público se pronunciou a respeito do caso, salientando que “presidente do ICMBio deve ter expertise técnica e competência gerencial comprovadas, como prevê a lei”. Por isso, nada foi publicado no Diário Oficial.

Mas, a verdade é que, como não houve pronunciamento da Casa Civil, não se sabe ao certo se a nomeação foi adiada ou suspensa. Então, é preciso aguardar pra celebrar, ainda que parcialmente.

No dia em que foi indicado, Cairo já esteve no instituto para inúmeras reuniões, e foi questionado pelos servidores a respeito de sua experiência com o meio ambiente. Veja o que ele respondeu: “Tenho o mesmo conhecimento que todo mundo tem”. Todo mundo? Este não é o nível de resposta que se espera de uma pessoa indicada para cargo tão importante.

E muito se falou de Sarney Filho, ex-ministro do Meio Ambiente do governo Temer. Primeiro, ele foi acusado de apoiar a indicação de Tavares. Não se pronunciou a respeito. Em seguida, foi criticado por não assinar a carta de repúdio com os também ex-ministros Carlos Minc, Izabella Teixeira, José Carlos Carvalho, José Goldemberg, Marina Silva e Rubens Ricupero. Sobre isto, disse que perderia interlocução com o governo se o fizesse.

Segundo relatos de servidores ambientais (como o site O Eco divulgou e noticiamos aqui), o Ministério do Meio Ambiente queria indicar, para a presidência do ICMBio, o engenheiro florestal Paulo Carneiro, atual diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do instituto. Mas mais nada se disse sobre o assunto.

Foto: Álbum pessoal/Facebook

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