“A partir de hoje [5/7], aprimoraremos nosso engajamento. Tenho o prazer de anunciar que a Suíça vai contribuir para o Fundo Amazônia. A primeira contribuição será nas próximas semanas. Queremos lançar essa parceira com o Brasil e outros países”, declarou Guy Parmelin, conselheiro federal da Confederação Suíça.
O anúncio foi feito ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin, durante o Fórum Brasil-Suíça de Investimentos e Inovação em Infraestrutura e Sustentabilidade, realizado no Ministério das Relações Exteriores, em Brasília.
“Muito importante para a recuperação da nossa Floresta Amazônica, [gostaria de] destacar a boa parceria econômica e as oportunidades de investimentos”, disse Alckmin, destacando que o Brasil tem compromisso com o desenvolvimento sustentável e o combate ao desmatamento ilegal.
“As Forças Armadas, inclusive, estão presentes na Amazônia para retirar garimpeiros ilegais, invasores de áreas de preservação. Enfim, um trabalho grande na região”, declarou (e quero fazer, aqui, uma ressalva: o trabalho de retirada dos garimpeiros está sendo realizado, principalmente, pelo Ibama e pela Polícia Federal).
Agora, além da Suíça, Estados Unidos (em abril), Reino Unido (maio) e União Europeia (em junho) anunciaram que farão aportes ao fundo.
“Retomada da normalidade
Criado em 2008, no segundo mandato do presidente Lula, o Fundo Amazônia recebeu doações da Noruega e da Alemanha até 2019, quando os dois países suspenderam os repasses e congelaram os valores para novos projetos, mantendo somente os pagamentos já programados.
Isso aconteceu devido a mudanças na gestão do fundo implementadas pelo ex-ministro do meio ambiente, Ricardo Salles que queria usar o dinheiro com outras finalidades. Era o primeiro ano do governo Bolsonaro.
Assim que Lula assumiu a presidência, assinou atos para restabelecer o Fundo Amazônia e, em meados de fevereiro, a ministra Marina Silva anunciou a “retomada da normalidade” em reunião para reativação do programa gerido pelo BNDES, que tinha R$ 5,4 bilhões em caixa, “que poderão ser usados em projetos de desenvolvimento sustentável e no controle do desmatamento”.
Já no final de março, o ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth Eide, declarou que o país daria continuidade à cooperação, “mas somente com novos resultados, haverá novos pagamentos. Resultados primeiro, depois pagamentos. Isto foi o que acordamos com o Brasil quando esta cooperação começou”.
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Fontes: Agência Brasil, G1
Foto (abertura): Alberto César Araújo/Amazônia Real/Fotos Públicas (áreas de desmatamento no município de Careiro da Várzea, no Amazonas próximo às Terras Indígenas do povo Mura)