
“O termo “Povos Indígenas” é um denominador comum para mais de 476 milhões de pessoas, espalhadas por mais de 90 países ao redor do mundo que, por meio de processos históricos, tiveram negado o direito de controlar seu próprio desenvolvimento. Como povos distintos, eles reivindicam o direito à autodeterminação, incluindo o de controlar seu próprio desenvolvimento político, social, econômico e cultural”.
É desta maneira que as Nações Unidas apresenta essa belíssima exposição que acontece atualmente na sede da Unesco, em Paris, na França. Organizada pelo International Work Group for Indigenous Affairs, a mostra “The World in Faces” exibe o trabalho do fotógrafo russo Alexander Khimushin. Nascido e criado na Sibéria, ele se tornou um especialista em retratar etnias.
A exposição, montada em 2019 para fazer parte do Fórum Permanente das ONU para os Povos Indígenas, revela a incrível diversidade dessas culturas por meio de retratos de indivíduos de diferentes partes do mundo em suas roupas e ambientes tradicionais. “Ao olhar para essas fotos, esperamos que você veja não apenas o indivíduo, mas as comunidades e os povos indígenas que eles representam”, dizem os organizadores.
Um desses exemplos é a “Rainha da Neve”, no lado esquerdo do mosaico de fotos que abre esta reportagem e também, logo abaixo. “É um retrato de uma jovem mulher indígena Evenki da minha terra natal , na República de Sakha (Yakutia), oficialmente a área habitada mais fria do mundo”, conta Khimushin. “Os povos Evenki são pastores de renas espalhados por vastas terras do norte da Sibéria. As suas aldeias estão frequentemente localizadas a milhares de quilômetros umas das outras. O povo Evenki é às vezes chamado de “Aristocratas da Sibéria” por causa de suas belas roupas tradicionais”.

Como sabemos que com a pandemia as viagens estão mais restritas e mesmo em tempos normais, a grande maioria dos brasileiros dificilmente teria a oportunidade de ver a exposição em Paris, compartilhamos aqui algumas dessas imagens magníficas. Um trabalho belíssimo que só reforça ainda mais a certeza de que os povos indígenas e originais do planeta merecem todo nosso respeito e, mais do que nunca, devemos lutar por seus direitos e proteção.

Mulher Papuan Tambul, Eastern Highlands na Papua Nova Guinea

Mulher Khik woman, Vale Wakhan, Badakhshan, Afeganistão

Menina da etnia Sepik Papuan. Ambunti, East Sepik river, Papua Nova Guinea

Homem aborígene Pormpuraaw, Golfo da Carpentaria, Cape York, Austrália

Homem Oroqen Alihe, Província na Mongólia, China
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Fotos: divulgação United Nations/Alexander Khimushin
Somos um pouco cada um deles mas não desejemos que nenhum deles seja como algum de nós, os que desaprendemos com a civilização, tudo o que eles sabem, preservam, cultuam, enaltecem e defendem com a garra e a pureza inata deles, que nós perdemos, ou quem sabe, jamais sentimos.