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Desde que foi solto na Amazônia, Xamã já percorreu uma área de 13 mil km

Desde que foi solto na Amazônia, Xamã já percorreu uma área de 13 mil km

Em outubro de 2024, Xamã se tornou o primeiro macho de onça-pintada a ser reintroduzido na Amazônia. E cinco meses depois, boas notícias chegam sobre seu processo de adaptação à vida livre, em seu novo lar, a floresta. Segundo o Onçafari, organização responsável pelo treinamento, reintrodução e soltura do animal, que recebeu um colar GPS para monitoramento, ele já percorreu uma área aproximada de 13 mil km.

E um fato interessante é que ele tem evitado fortemente áreas abertas e de plantação. “Seu deslocamento é feito somente em áreas de mata fechada”, revela o Onçafari.

Recentemente, a história emocionante dessa onça-pintada foi contada no documentário “Xamã – No Rastro da Onça”, lançado pela Proteção Animal Mundial, entidade que financiou grande parte dos custos envolvidos com os cuidados e reintrodução do animal.

Mapa mostra a movimentação de Xamã pela floresta
Imagem: divulgação Onçafari

Xamã era um filhote quando foi encontrado por cães, assustado e sozinho, numa propriedade particular na região de Sinop, no Mato Grosso, em 2022. Na época tinha cerca de dois meses e estava desnutrido e desidratado (leia mais aqui)

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Após ter sido decidido que ele deveria retornar à natureza quando ficasse adulto, Xamã passou a ser cuidado pela equipe do Onçafari, que tem grande experiência na reintrodução de onças-pintadas, tanto no Pantanal, como no bioma amazônico (as fêmeas Pandora e Vivara já tinham passado pelo mesmo processo, em 2019).

Quando tinha aproximadamente oito meses então, Xamã foi levado para um recinto de reabilitação, de 15 mil m2, no meio da mata, no sul do Pará. Desde que chegou ao local, ele foi treinado, mesmo que só de longe, a desenvolver seus instintos naturais e assim, conseguir sobreviver na vida livre. O contato com os seres humanos era mínimo, somente o absolutamente indispensável, essencial para evitar o chamado imprinting, termo usado para descrever o apego do animal com seus cuidadores.

A tão esperada soltura ocorreu no final do ano passado. Desde então, sua movimentação é acompanhada pelos biólogos do Onçafari, que assim se certificam que ele está bem.

Xamã, na época em que foi transportado para seu recinto de reabilitação na Amazônia paraense
Foto: Noelly Castro/Proteção Animal Mundial

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Foto de abertura: divulgação Onçafari

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