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Declarado extinto duas vezes, o mais raro dos periquitos da Nova Zelândia ganha uma nova chance

Declarado extinto duas vezes, o mais raro dos periquitos da Nova Zelândia ganha uma nova chance

Por duas vezes, em 1919 e 1965, o kākāriki karaka ou kākāriki de frente laranja (Cyanoramphus malherbi) já foi declarado extinto na Nova Zelândia. Esse pequeno periquito de plumagem verde e uma pequena faixa de tons amarelos e alaranjados sobre o bico, uma das aves mais raras das florestas daquele país, é considerado um taonga, ou tesouro, pelos povos nativos Māori.

Todavia, após seu possível desaparecimento por completo da natureza, uma reduzida população da espécie foi redescoberta nos anos 80 e desde então iniciaram-se esforços de conservação, envolvendo sua reprodução em cativeiro e a reintrodução na vida livre, para que ela fosse salva da extinção.

Em mais um passo para garantir que os kākārikis voem livre e em abundância novamente por seu habitat original, 35 indivíduos foram soltos na ilha de Pukenui/Anchor, no Parque Nacional de Fiordland, local livre de espécies invasoras e seguro para essas aves – lar de outra espécie ameaçada neozelandesa, o kākāpō.

“Para mim é um processo muito emocionante vê-los aqui aqui, kākārikis que nasceram e foram criados em cativeiro, sendo soltos na natureza. Há uma sensação de amnésia associada ao envolvimento com eles porque não tivemos a oportunidade em gerações de observá-los em seu ambiente natural”, celebrou Yvette Couch-Lewis, representante da organização Te Rūnanga o Ngāi Tahu Kākāriki Karaka. “Translocações como essa são importantes porque aumentam a população para que um dia possamos nos envolver com o kakariki karaka novamente.”

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Os animais que chegaram à ilha são provenientes de uma organização e um refúgio de vida selvagem. Eles passaram por um breve período de aclimatação e depois foram soltos. Apesar dos bons resultados obtidos com a reprodução em cativeiro, a espécie ainda é considerada criticamente ameaçada de extinção pela Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). Estima-se que existam cerca de 450 espécimes na vida selvagem, mas novas reintroduções estão planejadas para o futuro.

Biólogos explicam que como esses periquitos nidificam e dormem em buracos de árvores, eles são extremamente vulneráveis ​​a ratos, arminhos e gatos.

“A criação de um novo local seguro para a vida selvagem e a translocação desses kākārikis para o local representam um grande passo em frente para a recuperação da espécie”, afirmou o Departamento de Conservação da Nova Zelândia.

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Foto de abertura: Heyder, L. / divulgação New Zealand’s Department of Conservation – Te Papa Atawhai

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