Há muito tempo os cientistas já alertam sobre o declínio da população de insetos no mundo inteiro, provocado pela perda de habitat, desmatamento e uso de agrotóxicos nas lavouras. A consequência na queda do número de polinizadores, como as abelhas, é um risco à segurança alimentar do planeta: eles são essenciais na produção de diversos cultivos.
Mas um grupo de pesquisadores internacionais acaba de publicar um artigo científico na revista Current Biology em que relatam a elaboração do primeiro mapa com a distribuição global das mais de 20 mil espécies de abelhas conhecidas pela ciência.
Para especialistas, o mapa pode ser um importantíssimo aliado na conservação e para entender melhor, por exemplo, como esses insetos respondem a ameaças, como as mudanças climáticas.
Os cientistas analisaram mais de 5,8 milhões de registros de ocorrência em diferentes partes do mundo para conseguir visualizar onde elas são mais encontradas e o que esses lugares têm em comum.
Os pesquisadores chegaram à conclusão de que abelhas evitam ecossistemas tropicais úmidos e preferem áreas secas e sem árvores, diferentemente de outras espécies, que priorizam ambientes tropicais próximos ao Equador. O estudo revelou que a maior diversidade desses polinizadores vive no Hemisfério Norte, em duas bandas ao redor do globo – principalmente em zonas temperadas.
“Possuir informação sobre a distribuição das espécies contribui para o nosso conhecimento sobre elas, e também, sobre as decisões de conservação e manejo local e regionalmente”, afirmam os autores do estudo.
O mapa mostra que as abelhas se concentram mais em regiões do sudoeste dos EUA, na Bacia do Mediterrâneo, no Oriente Médio e na Austrália, distantes das áreas polares
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Foto: domínio público/pixabay
Mapa estranho… parece ter levado em consideração apenas a apis mellifera, sem considerar espécies adaptadas a outros ecossistemas, como as abelhas sem ferrão …
Mayane,
Os pesquisadores levaram em conta todas as informações públicas disponíveis em diferentes países, todavia, infelizmente, em alguns lugares não há pesquisas e estudos relevantes sobre o tema.
Abraço,
Suzana
Me desculpem, mas tem algo de muito errado nessa pesquisa. A começar pela Amazônia onde tem a maior concentração e diversidade de insetos e botânica do mundo não está considerado. Método errado? Interesse de quem essa pesquisa?
Fabiana,
Se você olhar o artigo em inglês, irá ver a explicação de que, infelizmente, alguns países onde há a maior diversidade de abelhas no mundo, como é o caso do México e do Brasil, existe pouquíssima informação disponível. Os pesquisadores relatam que “o Brasil possui 8,9% do total de espécies, mas com apenas 0,9% das amostras e seis registros por espécie”.
O link para o artigo original em inglês está indicado no texto. Basta você checar todos os detalhes lá.
Abraço,
Suzana
Nossos meloponideos foram ignorados?
Ulisses,
Como expliquei a outra leitora, se você olhar o artigo em inglês, irá ver a explicação de que, infelizmente, alguns países onde há a maior diversidade de abelhas no mundo, como é o caso do México e do Brasil, existe pouquíssima informação disponível. Os pesquisadores relatam que “o Brasil possui 8,9% do total de espécies, mas com apenas 0,9% das amostras e seis registros por espécie”.
O link para o artigo original em inglês está indicado no texto. Basta você checar todos os detalhes lá.
Abraço,
Suzana