Em cerimônia no Palácio do Itamaraty, hoje, 21/11, para celebrar o Dia do Diplomata, o presidente Lula concedeu a ordem do Rio Branco, a maior honraria do Ministério das Relações Exteriores, “a personalidades e entidades dedicadas à defesa da democracia, da justiça social, dos direitos humanos, da igualdade de gênero, da igualdade racial e dos direitos dos povos indígenas”.
A maior parte dos homenageados recebeu a insígnia de “comendador”, e poucos a mais alta honraria, a Grã-Cruz.
Os contemplados, hoje, foram ministros do governo Lula – Simone Tebet (Planejamento), Margareth Menezes(Cultura), Esther Dweck (Gestão e Inovação), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Anielle Franco(Igualdade Racial), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Nísia Trindade (Saúde), Silvio Almeida(Direitos Humabos), Aparecida Gonçalves (Mulheres) e Jorge Messias (AGU) –, além dos ministros do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, do secretário especial do Ministério da Justiça, Augusto de Arruda Botelho, da presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, dos governadores do Pará, Jader Barbalho Filho (MDB) e do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), além de militares.
O líder indígena Raoni (que não pode comparecer), o cantor e compositor Chico César, a deputada federal Jandira Feghali, o fotógrafo da presidência Ricardo Stuckert, e o embaixador da Palestina Ibrahim Alzeben também foram condecorados.
A primeira-dama Janja da Silva (também homenageada) está doente, por isso não compareceu à cerimônia assim como a ministra Sonia Guajajara, que está em Santa Catarina.
Na cerimônia ainda foram condecorados Lu Alckmin, esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin, e, de forma póstuma, as cantoras Gal Costa, Rita Lee e Elza Soares, o indigenista brasileiro Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, ambos assassinados na Terra Indígena Vale do Javari, na Amazônia, em julho do ano passado.
As viúvas dos dois amigos – Beatriz Matos, acompanhada pela mãe de Bruno, e Alessandra Sampaio – receberam as condecorações das mãos de Lula (veja aqui).
Beto e Eliésio Marubo, da Univaja – União dos Povos Indígenas do Vale do Javari, estiveram presentes à cerimônia para homenagear Bruno e Dom, que os apoiavam na luta contra criminosos na região. Beto, que, junto com o indigenista, ajudou a fundar o OPI – Observatório de Povos Indígenas Isolados, também representou a instituição nessa homenagem.
“Um pedido feito pela Univaja e demais organizações parceiras na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e concedido pelo governo brasileiro”, declarou Eliésio (assista aqui). “O ato destaca a importância que Bruno e Dom tiveram e sempre terão em nossas vidas. Além de reconhecer os ataques e desmonte que a política indigenista sofreu nos últimos anos em todo o país”.
Sobre a Ordem
Criada em 1963 em deferência ao Patrono da Diplomacia Brasileira, o Barão do Rio Branco, a Ordem de Rio Branco tem cinco graus: Grã-Cruz (a mais alta condecoração), Grande Oficial, Comendador, Oficial e Cavaleiro, além de uma medalha anexa. Como presidente da República, Lula é o Grão-Mestre da Ordem de Rio Branco.
A Ordem é dividida em dois quadros: ordinário e suplementar. O primeiro destina-se a agraciar diplomatas brasileiros da ativa; o segundo, diplomatas aposentados e demais pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras.
Foto (destaque): Ricardo Stuckert/PR