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Brigadistas fizeram de tudo para salvar ninho de tuiuiús do fogo no Pantanal, mas não sobrou nada

Brigadistas quilombolas da comunidade Kalunga, de Goiás, coordenados pela brigada Prevfogo do Ibama, empreenderam uma verdadeira força-tarefa para salvar um ninho de tuiuiús do fogo no Pantanal. A árvore onde ele estava acolhido ficava a 37 km de Corumbá, no Mato Grosso do Sul.  

Refugiados no ninho, no alto de uma árvore com vista para a vegetação queimada, em meio às chamas e à fumaça, o casal de tuiuiús resistiu o quanto pode. Monogâmicos, raramente abandonam seus ninhos a menos que se sintam ameaçados.

A foto acima é do domingo (30/6), quando um dos membros do casal ainda protegia o ninho e três ovos em meio à fumaça, resistindo a abandoná-lo. Mas, no dia seguinte, o ninho foi destruído pelo incêndio e caiu. Restou apenas um pedaço de tronco da árvore que o abrigava.

Só neste ano, este santuário de biodiversidade já teve 661 mil hectares consumidos pelos incêndios. Mais de 90% deles foi causado por ação humana e o governo federal – por meio da PF e da PRF e também de órgãos do governo do estado –, está investigando para punir os responsáveis. 

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Símbolo do Pantanal e bioindicador

O tuiuiú (Jabiru mycteria) é ave símbolo do Pantanal desde 1992, quando foi aprovada a Lei 5950, que visa a conscientização do público sobre a necessidade de preservação das espécies existentes no bioma.

Além de ser uma espécie ameaçada, o tuiuiú é um bioindicador, ou seja, atua como indicador (garantia) da qualidade ambiental de seu hábitat.

Facilmente reconhecido – tem pernas longas, bico comprido, cabeça preta, corpo branco e uma faixa vermelha no pescoço, podendo chegar a 1,60m de altura e 3m de envergadura, além de pesar até 8 kg –, é uma espécie da família da cegonha.

Alimentam-se de peixes, pequenos moluscos e crustáceos muito abundantes nas baías do Pantanal na época da vazante, em situações normais.

Encontrado desde o sul do México ao norte da Argentina, é no Brasil que se concentra 50% de sua população, principalmente na planície pantaneira. 

A seguir, assista ao vídeo gravado pela Prevfogo, que mostra que o que restou foi apenas um tronco da árvore em que os tuiuiús haviam feito seu ninho.

 
 
 
 
 
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Foto (destaque): Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com informações da Agência Brasil, G1, Campo Grande News

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