PUBLICIDADE

Brasil registra nascimento inédito de filhote de elefante-marinho no litoral de Santa Catarina

Brasil registra nascimento inédito de filhote de elefante-marinho no litoral de Santa Catarina

Um acontecimento inédito no Brasil obrigou vários órgãos públicos e organizações da sociedade civil a montar uma Força Tarefa para assegurar a tranquilidade e a proteção de uma elefante-marinho-do-sul e seu filhote em Santa Catarina. Nunca antes havia sido registrado um nascimento da espécie no litoral do país.

O primeiro avistamento da fêmea com seu filhote recém-nascido foi feito pelo Instituto Australis, na praia do Siriú, em Garopaba, na última sexta-feira (11/10). A presença e, ainda mais o nascimento, de um elefante-marinho-do-sul (Mirounga leonina) na costa brasileira são muitos raros. A espécie se distribui pelas águas geladas próximo da Antártica, e também pode ser observada na Argentina, onde existem algumas colônias.

A suspeita é que talvez a fêmea que deu à luz em Garopaba tenha se dispersado para fora da rota de migração e acabou parando ali por engano. Para que mãe e filhote não sejam incomodados, a área em que eles se encontram está sendo monitorada e foi isolada. Infelizmente, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação para a Biodiversidade (ICMBio), diversas situações de aproximação indevida e desrespeito já foram reportados, inclusive com imagens divulgadas nas redes sociais, que podem causar perturbação aos animais.

“O grupo formado para a Força Tarefa já tomou medidas como reforçar a área de isolamento da mãe e filhote nesta manhã, além de criar esquema de escala de monitoramento e fiscalização envolvendo as equipes, voluntários e agentes locais”, informou o ICMBio Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca. “Reforçamos que circular de moto ou carro na praia é proibido por lei e pode estressar e alterar o comportamento da mãe com seu filhote. Molestar animais selvagens é crime, de acordo com a Lei 9.605/98.”

PUBLICIDADE

Segundo o Australis, os filhotes de elefante-marinho nascem com média de 45 kg, mas engordam rapidamente com a amamentação, em função do leite rico em gordura. “Normalmente a mãe amamenta o filhote por cerca de 20 dias, período durante o qual ela fica exclusivamente com o filhote e não se alimenta. Isso faz com que percam bastante peso. Após este período, ela desmama abruptamente o filhote e segue para mar. Já o filhote ainda fica em terra em torno de dois meses, em jejum, antes de iniciar sua primeira migração para buscar alimento”, explica a equipe do instituto.

Brasil registra nascimento inédito de filhote de elefante-marinho no litoral de Santa Catarina
O filhote nascido no litoral catarinense
Foto: reprodução Instagram Governo de Garopaba

Um outro elefante-marinho também foi documentado na região de Ibiraquera, no município de Imbituba, também em Santa Catarina. Por segurança, sua localização não foi informada pelos órgãos de proteção animal.

“São animais muito grandes e embora não sejam agressivos, caso sintam-se ameaçados, podem tentar se defender. Em contato com a espécie, através de uma mordida ou um arranhão, há riscos de [pessoas] contraírem algum vírus ou bactéria que o sistema imunológico humano não consiga combater. Os seres humanos também podem transmitir doenças ao elefante-marinho”, alerta Rafaela Cardoso Ramos, bióloga da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Imbituba.

O elefante-marinho-do-sul é um mamífero pertencente à família Phocidae e o maior dentre todos os pinípedes. O macho pode chegar a medir até 5 metros de comprimento e pesar quatro toneladas.

Seu nome popular vem do fato que os machos possuem uma proeminência nas narinas, uma probóscide, que lembra a tromba dos elefantes. Quando não estão na época de reprodução, apresentam hábitos solitários e passar a maior parte do tempo embaixo da água, nadando em mar aberto.

——————

Acompanhe o Conexão Planeta também pelo WhatsApp. Acesse este link, inscreva-se, ative o sininho e receba as novidades direto no celular

Foto de abertura: reprodução Instagram Governo de Garopaba

Comentários
guest

1 Comentário
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Eu Augusta
Eu Augusta
1 mês atrás

Até parece que o governo brasileiro está cuidando de nossa fauna. Não fez nada pra ajudar nas queimadas onde morreram muitos animais de todo tipo.

Notícias Relacionadas
Sobre o autor