Hoje (5 de Outubro) é o Dia da Ave. A data foi instituída pelo Decreto de 3 de outubro de 2002, que também define o sabiá-laranjeira como símbolo representativo da fauna ornitológica brasileira e o considera popularmente a Ave Nacional do Brasil.
É fácil entender porque tantas pessoas são amantes das aves. Elas estão sempre ativas, são belas e estão por toda a parte. É impossível não ficar encantado com a variedade de espécies encontrada no Brasil.
Escolha uma cor. Pode ser preto como o anu-preto, branco como a garça-branca, cinza como a curicaca-pantaneira, marrom como a coruja-buraqueira, verde como o papagaio-verdadeiro, amarelo como o canarinho-da-terra, laranja como o joão-pinto, vermelho como o verão, azul como o saí-andorinha ou multicoloridas como o araçari-castanho. Para cada cor escolhida existe uma ave correspondente.










Os penteados são os mais diversos: o mutum-de-penacho tem crista encaracolada, a garça-real tem rabo de cavalo, o pica-pau-velho tem moicano. Também têm as que preferem investir no topete, como a seriema, e os carecas, como o urubu-rei.





Os bicos, bem variados, servem para conseguir o alimento que precisam de formas diferentes. Podem ser robustos para quebrar sementes, como o das araras; finos e delicados para pegar insetos, como o das arirambas; afiados para cortar carne, como o dos gaviões; em forma de lança para pescar, como o dos biguatingas; ou até em forma de colher como o do colhereiro, que o usa para procurar micro crustáceos nas poças. Outros desenvolveram bicos com várias funções, como o tucano, que além de se alimentar de frutas usa seu longo bico para pegar ovos e filhotes de outros pássaros.






O momento mais crítico na vida de uma ave é o período em que ela está no ninho. Por isso, elas desenvolveram estratégias para proteger seus filhotes. O joão-de-barro constrói um ninho com uma entrada em L e coloca seu ovo dentro de uma câmara protegida do bico do tucano que não pode fazer a curva.

O bico-de-prata coleta fibras de palmeira, as costura para formar um ninho em forma de pêndulo e deixa um pequeno buraco como entrada. Quando o adulto entra no ninho o peso dele faz a entrada fechar. O japuíra constrói um ninho com a mesma estrutura, mas utiliza fungos com espessura de fios de cabelos, que coleta nos troncos das árvores.


Os pica-paus fazem buracos em árvores ou cupinzeiros para botarem seus ovos e ficarem protegidos. Aves maiores, como papagaios e araras, aumentam esses buracos e para poderem utilizá-los com o mesmo fim.

Algumas aves preferem fazer ninhos com gravetos, como o tuiuiú. Enquanto um dos pais sai para buscar água e comida para os filhotes, o outro fica no ninho para protegê-los contra predadores. Já o mãe-da-lua confia na camuflagem. Coloca um ovo direto na árvore e fica imóvel, fingindo que é um galho quebrado, até o filhote nascer.


Existem aves que não constroem ninho nenhum. O quero-quero coloca o ovo no chão e ataca qualquer coisa que chegue perto dele. O joão-pinto prefere utilizar o ninho feito por outros pássaros. Já a arara-azul, que enfrenta dificuldades para construir seu ninho em uma cavidade natural, conta com a ajuda do Projeto Arara Azul, que instala ninhos artificiais nas árvores e aumenta as chances de sobrevivência da espécie. Graças aos esforços desse projeto, a arara-azul saiu da Lista de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção.



As aves estão na água, na terra e no ar. Podem nadar como o ananaí, mergulhar como o biguatinga, andar como a ema, escalar como o pica-pau-de-topete-vermelho, podem até cavalgar como a maria-cavaleira. E claro, elas podem voar.






As aves conquistaram todos os cantos do planeta. Sua graça, diversidade e onipresença são extraordinárias! Elas produziram um exército de entusiastas preparados para enfrentar as condições mais difíceis para observá-las na natureza. Essas pessoas podem ser uma grande ajuda na luta pela conservação desses seres alados.
Que nossos céus continuem sempre coloridos pela beleza das aves!
Fotos: Fábio Paschoal