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Alvinho, raro tamanduá-bandeira albino, cresce saudável e ganha novo rádio-colete

Alvinho, raro tamanduá-bandeira albino, cresce saudável e ganha novo rádio-colete

O tamanduá-bandeira albino, na foto acima, é Alvinho. Raro, foi descoberto em meados de 2022 por funcionários da Fazenda Barra Bonita, na região de Três Lagoas, no Cerrado do Mato Grosso do Sul, e logo passou a ser monitorado pelos pesquisadores do projeto Bandeiras e Rodovias, criado pelo ICAS – Instituto de Conservação de Animais Silvestres (contamos aqui).

[Há cinco anos (2017), o ICAS se dedica a estudos de conservação e monitoramento do tamanduá-bandeira no Cerrado do Mato Grosso do Sul e à elaboração de medidas de mitigação contra atropelamentos da espécie].

Registro de uma das primeiras capturas de Alvinho: que pequeno! / Foto: ICAS/divulgação

Desde setembro do ano passado (já faz um ano!), Alvinho usa rádio-colete para monitoramento e é acompanhado pelos pesquisadores do projeto, que o visitam e observam regularmente, sem interferir em sua rotina no habitat, a fazenda onde foi encontrado.

Somente quando há necessidade de manutenção e ajuste do dispositivo ou é preciso colher materiais para exames, ele é capturado.

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Até agora, foram realizadas sete capturas: a primeira foi em setembro de 2022, quando ele estava com 5,6 kg e 102,5 cm de comprimento total (ou seja, da ponta do focinho ao final da cauda). E a cada novo ‘encontro’, todos ficam muito animados com o desenvolvimento do tamanduá.

O retrato a seguir foi feito pelo fotógrafo Luciano Candisani em dezembro do ano passado, em mais uma captura.

Parece gigante, não? Ele ainda vai ser… Tinha pouco mais de seis meses nesta imagem / Foto: Luciano Candisani

Até fevereiro, quando o colete tamanho bebê foi trocado pela primeira vez (a bateria estava no fim), “Alvinho estava ganhando peso e crescendo”, contou Grazielle Sorestini, médica veterinária e pesquisadora do ICAS.

No entanto, nos encontros posteriores, os pesquisadores repararam que ele perdeu peso, “o que pode estar relacionado com o processo de independência da mãe, visto que, desde então, ele tem sido avistado sozinho”, explicou. Preocupante, já que o peso é indicador de saúde.

Mas ele se recuperou rápido e, em abril (foto abaixo), quando foi realizada nova captura, estava com pouco mais de um ano, pesava 13,3 kg e media 152 cm. Cresceu muito, mas não foi necessário trocar o colete, apenas alargá-lo para não incomodar (contamos aqui).

Em abril deste ano, com 13,3 kg e 152 cm, da ponta do focinho à ponta da cauda / Foto: reprodução de vídeo

Em mais um encontro com o pequeno tamanduá divulgado nas redes, em maio, ele pesava 15 kg (foto abaixo). Em agosto, os pesquisadores se limitam a observá-lo e o encontraram tranquilo, “no meio do pasto onde ele gosta de ficar, forrageando (se alimentar com forragem) bem ativamente” (assista a dois videos neste link).

Alvinho em maio deste ano / Foto: Bandeiras e Rodovias

Agora, um jovem tamanduá!

Esta semana, em 4 de setembro, finalmente ele deixou de usar o colete “de bebê”. Alvinho agora é um jovem tamanduá-bandeira, está com cerca de um ano e meio e com 16 kg, por isso fazer ajustes já não o deixaria confortável; precisou de um colete maior.

Na foto de destaque deste post, ele já está de rádio-colete novo, saindo da caixa de captura. Ao lado, um detalhe, enquanto sedado. Foi capturado para a troca e também para consulta e coleta de materiais para exames.

Patas e unhas do pequeno Alvinho / Foto: reprodução do vídeo

Em vídeo publicado no Instagram do Bandeiras e Rodovias, Mário Alves, médico veterinário do ICAS, conta que ele está muito saudável. “Só temos noticias boas para compartilhar!”.

“É muito importante o trabalho que a gente vem desenvolvendo com o Alvinho porque ele vai nos ajudar a entender não só o registro de um indivíduo albino dessa espécie, mas também como um indivíduo com suas características se desenvolve na paisagem, como ele usa a paisagem, e como vai ser a curva de crescimento desse indivíduo”, explica.

A seguir, assista ao vídeo e observe como é feita a captura e como os pesquisadores tratam de Alvinho até a soltura, além das observações sobre o trabalho desenvolvido com ele pelo projeto:

Foto: reprodução do vídeo

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