Dois dias depois do ‘chá de bebê’ durante o qual as águas da cachoeira Queima-Pé, em Tangará da Serra, no Mato Grosso, foram tingidas de azul para revelar o sexo da criança, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA/MT) declarou que os exames das amostras coletadas concluíram que não houve alteração da qualidade da água – cor e odor – e que a fauna também não sofreu impactos.
Como contamos aqui, a festa foi divulgada nas redes sociais pelos futuros papai e mamãe e convidados e tornou público o crime ambiental, causando indignação nos internautas, que ajudaram a viralizar a proeza.
Além do tingimento da água, que aparece nitidamente nos vídeos divulgados (assista no final deste post), os participantes do encontro ainda usaram fumaça colorida, enfeites de plástico e bexigas, e espalharam confetes no ambiente natural.
Multa e penalidades
De acordo com nota da SEMA, apesar do diagnóstico, o responsável pelo evento será autuado já que se comportou “em desacordo com a legislação” ao “lançar resíduos sólidos, líquidos, gasosos e detritos, óleos ou substâncias oleosas”, ferindo “as exigências estabelecidas em leis ou atos normativos”, como estabelece o Decreto Federal nº 6.514, de 2 de julho de 2008.
Somente após o laudo técnico, que está sendo elaborado pelo órgão ambiental do estado e indicará a real dimensão do impacto decorrente da infração, é que a SEMA definirá o valor da multa e outras penalidades ao infrator. O Ministério Público Estadual também investiga o caso.
Segundo o G1, o responsável pela festa esteve na sede da SEMA, acompanhado de sua advogada, para prestar esclarecimentos, e declarou que não tinha conhecimento de que seus familiares lançariam qualquer produto na cachoeira.
O proprietário da fazenda onde fica a Queima-Pé também foi ouvido: disse que desconhecia os detalhes do evento e que apenas cedeu o local para a celebração, sendo surpreendido com a notícia.
Agora, assista a um dos vídeos divulgados nas redes sociais pelos convidados do casal:
Fotos (destaque): reproduções das redes sociais