O médico Jorge Ribas Timi é alto, grisalho e passaria, tranquilamente, por um estrangeiro num passeio pela rua.
Mas por causa de racismo, ele está processando o Starbucks, uma das redes de café mais conhecidas do mundo. A vítima não foi ele, mas sim, sua filha adotiva, Isabela, que está quase completando doze anos. A menina é negra.
O episódio aconteceu em um fim de semana, em julho, em São Paulo, e demorou a ser divulgado porque a família queria preservar a filha. Mas em função de versões que começaram a surgir, Timi decidiu falar.
Isabela foi abordada dentro do café por um funcionário que teria dito que ali não era lugar para pedinte. Foi o estopim pra uma grande confusão, que só acabou com a chegada da polícia e o registro do boletim de ocorrência.
Além de médico, Jorge Timi é também advogado e tomou as providências pra processar a Starbucks.
Na entrevista que deu na casa dele, em Curitiba, este pai conta que não foi a primeira vez que a filha enfrentou racismo, comenta a educação que deu a ela e lamenta profundamente que a cor da pele ainda provoque tantos casos de intolerância.
Entrando agora na adolescência, Isabela recebeu centenas de mensagens de apoio em uma página que ela mantém. A garota adora cantar, e é com ela cantando, sem mostrar o rosto para preservá-la, pelo menos neste espaço, que termina a entrevista !
Foto: domínio público/pixabay