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Para impedir assédio e selfies com leões-marinhos, autoridades fecham acesso a praia na Califórnia

Para impedir assédio e selfies com leões-marinhos, autoridades fecham acesso a praia na Califórnia

Há poucas semanas viralizaram na internet alguns vídeos em que leões-marinhos avançavam na direção de banhistas e turistas em La Jolla Cove, uma pequena enseada em San Diego, na Califórnia (assista ao vídeo no final desta reportagem). O local estava entupido de pessoas e pelas imagens os animais parecem incomodados com toda a agitação. Muitas delas estavam ali para tentar tocá-los, fotografá-los ou fazer uma famigerada selfie.

Acontece que cada vez mais esse tipo de incidente tem sido registrado em diversas partes do mundo. Seres humanos invadindo o habitat de animais, interessado em uma foto para postar nas redes sociais.

Para impedir que esses casos ocorram e garantir a segurança dos leões-marinhos e das pessoas, o Conselho da Cidade de San Diego votou, por unanimidade, fechar o acesso a Point La Jolla e a praia de Boomer, uns dos mais conhecidos pontos da Califórnia para a observação desses animais.

No ano passado uma medida similar já tinha sido implementada. O acesso da La Jolla ficou fechado durante seis meses, entre maio e outubro, época de verão. Com a nova decisão, o bloqueio será anual.

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“O fechamento é resultado de assédio e comportamento problemático entre humanos e a população de leões marinhos”, diz Cherlyn Cac, representante do Departamento de Parques e Recreação de San Diego.

Ainda segundo Cac, a medida pode ser revista caso forem implementados outros instrumentos para manter os turistas longe dos animais. Agora eles só poderão ser vistos ou fotografados por trás das barreiras colocadas.

Várias organizações de proteção ambiental aplaudiram a decisão.

“O fechamento é importante não apenas para a questão do assédio aos leões-marinhos, mas também aves marinhas e plantas no local, e reduzirá a erosão e o lixo causados pelo homem”, ressaltou Carol Toye, da Sierra Club Seal Society.

Leões-marinhos (Zalophus wollebaeki) vivem em grandes colônias em rochas e praias arenosas. Eles se movem para a água para se alimentar e se refrescar, conforme necessário. Esses animais podem chegar a pesar quase 200 kg e medir por volta de 1,8 m.

A espécie está ameaçada de extinção e entre suas principais ameaças estão a captura acidental por redes de pesca, a falta de alimentos provocada por alterações nas correntes oceânicas causadas pelas mudanças climáticas e ainda, doenças transmitidas por outros animais, incluindo domésticos, como cães.

*Com informações e entrevistas contidas na reportagem do site Phys.org

Leia também:
Morre Freeway, famoso leão-marinho resgatado no meio de uma rodovia em San Diego

Foto de abertura:  CC0 Public Domain

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