A 10ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental será realizada de 2 a 9 de junho, no formato online, como no ano passado, devido à pandemia, e foca num tema muito especial: a Amazônia.
A partir de obras cinematográficas de peso – são 16 filmes e duas séries para TV – o evento levanta questões, revela impasses e apresenta possíveis soluções para a preservação da maior floresta tropical e de seus povos.
Gratuita, a Mostra celebra a Semana do Meio Ambiente ao “promover e incentivar a participação da comunidade cinéfila e ambientalista na preservação do patrimônio natural do Brasil” e, como sempre, promove um ciclo de debates (todos os dias às 19h).
Este ano, ainda foi incluído na programação um webinário sobre a Crise Climática, às 15h, em 7 de junho, que reunirá os cientistas José Marengo e Paulo Artaxo, com mediação do jornalista Herton Escobar (foto abaixo). Para assistir, é preciso fazer inscrição.
A Transamazônica de Jorge Bodanzky
O grande homenageado desta edição é o cineasta Jorge Bodanzky que, hoje, participou de uma master class.
A série que dirigiu com Fabiano Maciel, com exclusividade para a HBO – Transamazônica: Uma Estrada Para o Passado, também está no cardápio, com seus seis episódios, que serão exibidos de 3 a 8 de junho, um em cada dia.
A série documental tem, como cenário, a rodovia BR-230, obra faraônica iniciada durante a ditadura civil-militar (1964-1985), com seus 4.260 km, que nunca foi finalizada.
Retrata a atual situação de quem vive nas regiões por onde passa essa estrada, e revela detalhes da extração ilegal de madeira, da rotina nos garimpos, além do abandono da população. Será exibido um episódio por dia – de 3 a 8 de junho, sempre às 15h -, que ficará disponível por quatro horas.
Alguns destaques
Soldados da Borracha, de Wolney Oliveira, e BR Acima de Tudo, de Fred Rahal Mauro (em estreia mundial), abrem a Mostra em 2 de junho. O primeiro fica disponível 24 horas, o segundo pode ser assistido até o dia 9.
No dia seguinte, 3/6, às 15h, é a vez o longa britânico Quando Dois Mundos Colidem, de Heidi Brandenburg Sierralta e Mathew Orzel, que aborda o violento conflito na Amazônia peruana devido a um projeto de extração de petróleo, minério e gás, que afetou barbaramente os povos indígenas da região.
A obra venceu o prêmio especial do júri no Festival de Sundance e também foi destaque em festivais cinematográficos realizados na Suíça, Espanha, Índia, China e Coreia do Sul.
O sempre aguardado e muito desejado A Última Floresta (foto que ilustra este post), dirigido por Luiz Bolognesi e co-roteiro de Davi Kopenawa (foto acima), continua viajando o mundo e participando de festivais, e também está no “cardápio” desta edição da Ecofalante.
Esta é a terceira vez que a obra fundamental de Bolognesi é exibida no Brasil: a primeira foi no festival É Tudo Verdade!. A segunda, na primeira edição do Festival rec.tyty, idealizado pelos indígenas Carlos Papá e Cristina Tekuá, com apoio de Ailton Krenak.
Na Ecofalante, ficará disponível por 24h a partir das 15h de 5 de junho, Dia do Meio Ambiente. Mas o limite total é de mil acessos. Fique atento porque é uma baita oportunidade!
O filme Amazônia Sociedade Anônima, de Estevao Ciavatta, que já participou de outras edições da Mostra Ecofalante, poderá ser assistido durante três dias: a partir das 15h de 5 de junho até meia noite do dia 9.
Com a participação do líder e pensador indígena Ailton Krenak, o filme Amazônia, o Despertar da Florestania, dirigido por Christiane Torloni e Miguel Przewodowski, ficará disponível das 15h de 3 de junho até o final da Mostra.
Iracema, uma transa amazônica, Sob a Pata do Boi, Ameaçados (que participou do festival É Tudo Verdade, este ano) e Mataram Irmã Dorothy são outros destaques da programação.
Fotos: Divulgação