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França anuncia pacote de quase R$50 bilhões para pagar aumento de salário a profissionais de saúde

França anuncia pacote de quase R$50 bilhões para pagar aumento de salário a profissionais de saúde

Ao longo dos últimos seis meses, em diversos países, pessoas foram às janelas aplaudir e agradecer o trabalho de profissionais de saúde no combate à pandemia da COVID-19. No mundo inteiro, médicos/as, enfermeiros/as, terapeutas e outros profissionais do setor enfrentaram horas e horas de esforço e risco para poder salvar a vida daqueles doentes com o novo coronavírus.

A pandemia que teve o primeiro surto na China e se espalhou pelo planeta já matou quase 580 mil pessoas e contaminou mais de 13 milhões. A França foi o país da Europa com o segundo maior número de óbitos, 30 mil, e 300 mil franceses foram infectados.

Apesar de toda gratidão aos profissionais de saúde, sabe-se que em muitos lugares eles trabalharam em situações precárias, com falta de equipamentos de proteção e recebendo baixos salários.

Ainda não há dados globais sobre o número de mortes desses profissionais, mas um relatório recém-publicado pela Anistia Internacional estima que mais de 3 mil deles, em 79 países, perderam a vida durante essa pandemia.

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Na França, agora que a situação está melhor e já houve a reabertura gradual da economia, os profissionais do setor foram às ruas protestar, pedindo melhores condições de trabalho e aumento de salários.

E ontem (14/07), o ministro da Saúde, Olivier Véran, anunciou um pacote de mais de € 8 bilhões, cerca de R$ 50 bilhões para a área.

O dinheiro será destinado para aumentar o valor do pagamento de enfermeiras e outros profissionais de saúde e também, oferecer salários melhores para médicos que trabalham no sistema público, e desta maneira, fazer com o que eles deixem as clínicas particulares.

“Ninguém pode negar que este é um momento histórico para o nosso sistema de saúde “, disse o primeiro-ministro Jean Castex. “Este é o primeiro reconhecimento daqueles que estiveram na linha de frente na luta contra essa pandemia. É também uma maneira de recuperar o atraso de cada um – incluindo talvez o meu mesmo – a ter sua parte de responsabilidade”.

O pacote foi anunciado após semanas de negociações entre o governo e sindicatos.

Enquanto isso, no Brasil, depois da demissão de dois ministros da saúde, o país já está há dois meses sem liderança no setor. Tem apenas um militar, que não é médico, que ocupa o cargo interinamente.

E no triste ranking mundial da pandemia, nosso país ocupa o segundo lugar no número de vítimas e contaminações pelo coronavírus. Estamos quase chegando à marca dos 2 milhões de casos positivos e 75 mil mortes.

*Com informações da Agência de Notícias France24 e da Universidade Johns Hopkins

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Foto: Force Ouvrière/Fotos Públicas

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