Depois do Parlamento do Reino Unido anunciar, em decisão histórica, ter declarado emergência climática e ambiental no começo deste mês, a Irlanda seguiu o exemplo e fez o mesmo na semana passada.
O Dáil, nome do parlamento irlandês, recebeu uma emenda, proposta pela líder do Partido Verde, Eamon Ryan, que recomenda que o governo examine como pode melhorar sua resposta ao problema da perda da biodiversidade.
Não foi necessário sequer votação. Parlamentares do governo e da oposição concordaram na questão e aprovaram a emenda.
A presidente do Comitê de Ações Climáticas Oireachtas, Hildegarde Naughton, afirmou, nas redes sociais, que a iniciativa é bem vinda, mas agora é preciso ação do governo.
Segundo o primeiro ministro da Irlanda, Taoiseach Leo Varadkar, o país tem conseguido reduzir em cerca de 7%, por ano, as emissões de gases de efeito estufa.
Recentemente, oito nações da União Europeia – França, Luxemburgo, Holanda, Espanha, Portugal, Suécia, Dinamarca e Bélgica -, apresentaram uma proposta para que 25% do orçamento da comunidade seja investido em programas de combate às mudanças climáticas.
No último dia 6 de maio, 145 autores, de 50 países, que ao longo dos últimos três anos, compilaram o trabalho de outros 310 pesquisadores e cerca de 15 mil artigos científicos, lançaram o relatório, divulgado pelo Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services (IPBES). Nele, os especialistas alertam que um milhão de espécies estão ameaçadas de extinção.
Mais de 40% das espécies de anfíbios, quase 33% dos corais e mais de um terço de todos os mamíferos marinhos correm o risco de desaparecer. E pelo menos 680 espécies de vertebrados foram levadas à extinção desde o século 16.
“Ecossistemas, espécies, animais selvagens, variedades locais e raças de plantas e animais domesticados estão encolhendo, deteriorando ou desaparecendo. A rede essencial e interconectada da vida na Terra está ficando menor e cada vez mais desgastada”, ressalta o cientista alemão Josef Settele. “Essa perda é o resultado direto da atividade humana e constitui uma ameaça direta ao bem estar do homem em todas as regiões do mundo” (leia a reportagem completa sobre o relatório aqui).
*Com informações do The Irish Post
Foto: Trevor Cole on unsplash