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Campanha do Unicef alerta sobre a morte de adolescentes no Brasil

campanha do unicef alerta sobre assassinatos adolescentes

Hitalo, de 12 anos. Christian, de 17. Cristian, de 13. Os nomes e idades são diferentes, mas todos estes garotos têm algo em comum: fazem parte das trágicas estatísticas de assassinatos de adolescentes no Brasil.

Todos os dias, 28 crianças e adolescentes perdem as vidas – assassinados -, no país. Os dados são do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), no Brasil, baseado no censo de 2013. Nosso país é o segundo no mundo em número de jovens assassinados. Perdemos apenas para a Nigéria, país pobre da África, que atualmente enfrenta sérios problemas com ataques terroristas do grupo religioso extremista Boko Haram.

Mas além de Christian, Hitalo e Cristian terem sido mortos, eles têm algo mais que os une: cor da pele, classe social e endereço. Este é o perfil dos jovens brasileiros assassinados diariamente e que, na maior parte das vezes, não aparecem nas manchetes da mídia. Eles são, na grande maioria, negros, pobres e vivem em favelas ou nas periferias de grandes cidades.

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No rastro do preconceito e discriminação, que ainda permeia a sociedade brasileira, aparecem as taxas de homicídio: a morte de adolescentes negros é quatro vezes maior do que a de jovens brancos.

De acordo com o Unicef, se os índices atuais se mantiverem iguais, até 2019, mais 42 mil adolescentes perderão a vida no Brasil. Para alertar a população sobre o descaso com esta tragédia que decepa o futuro de milhares de jovens diariamente, a entidade lançou a vídeo Futuro Interrompido, parte do movimento internacional #Endviolence, para acabar com a violência contra as crianças.

E o que precisa ser feito? O Unicef Brasil destaca alguns pontos:

  • Garantir a investigação imparcial de todos os homicídios para encontrar os responsáveis e aplicar as medidas previstas em lei, aprovando, por exemplo, o projeto de lei 4471/2012 dos autos de resistência;
  • Desenvolver protocolos e a formação dos policiais para atuarem de acordo com princípios de direitos humanos, respeito à diversidade e como agentes de proteção da vida;
  • Criar um pacto nacional entre os governos federal, estaduais e municipais para reduzir o número de homicídios;
  • Produzir informações mais precisas sobre os adolescentes assassinados;
  • Criar e colocar em prática planos municipais e estaduais de prevenção e resposta aos assassinatos.

Assista abaixo o vídeo produzido pelo Unicef Brasil com emocionantes relatos de mães que perderam os filhos:


Imagem: reprodução site Unicef Brasil

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