O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de “grande perigo” por causa do calor extremo que atingirá cidades de quinze estados brasileiros esta semana, nível máximo existente. Segundo o instituto, a temperatura nesses locais está 5oC acima da média para esta época do ano.
No Rio de Janeiro, de acordo com o Alerta Rio, o serviço de meteorologia da prefeitura, a sensação térmica chegou a 52,7°C às 8h da manhã em Guaratiba, na zona oeste da cidade. No domingo, a capital fluminense registrou a maior temperatura do ano, 42,5°C.
Os estados que estão com alerta máximo para o calor atípico são São Paulo, Minas Gerais, Rondônia, Amazonas, Pará, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Bahia, Piauí, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Maranhão e Goiás, além do Distrito Federal.
Na capital paulista, onde esta segunda (13/11) teve o dia mais quente de 2023, com 37,8oC, está sendo realizada a Operação Altas Temperaturas, com a distribuição de água, frutas e sucos em tendas montadas pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) para atender a população em situação de vulnerabilidade em vários pontos da cidade.
Com o calor previsto para os próximos dias e a presença de ar quente e úmido, o sul do Brasil deve sofrer com tempestades mais fortes. O volume de chuva pode passar de 200 milímetros no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Mapa do Inmet mostra onde há alertas de calor extremo
Na semana passada, o Inmet divulgou um levantamento mostrando que as temperaturas no Brasil ficaram acima da média histórica durante quatro meses seguidos, entre de julho a outubro de 2023.
Segundo os especialistas do órgão, o calor extremo em grande parte do país, assim como a seca histórica da Amazônia, são reflexo dos impactos do fenômeno El Niño (aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial), que tende a favorecer o aumento da temperatura em várias regiões do planeta.
“Além disso, outros fatores têm contribuído para a ocorrência de eventos cada vez mais extremos, como o aumento da temperatura global da superfície terrestre e dos oceanos”, alertou o Inmet.
Quatro meses seguidos de temperaturas acima da média
*Texto atualizado às 23h porque o Inmet ampliou o número de estados sobre alerta vermelho máximo
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